Interessante a opinião do pessoal do Sitio www.vermelho.org.br sobre o resultado da eleição para as Presidências do Senado Federal e da Câmara Federal em que o PMDB levou as duas.
Reproduzo aqui para meus leitores.
Prestem bastante atenção.
Sarney, Temer e o novo cacife do PMDB
Dois expoentes peemedebistas se elegeram nesta segunda-feira (2) para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. O resultado monocromático aumenta consideravelmente o cacife da legenda fundada por Ulisses Guimarães.
Os números das votações reforçam esse capital. No Senado, José Sarney (AP) sagrou-se por 49 votos a 32, desmentindo avaliações de última hora de que a disputa se equilibrara com a adesão do PSDB à candidatura do petista Tião Viana (AC). Na Câmara, Michel Temer (SP), candidato de um ''acordão'' que afinal se cumpriu, teve 304 votos, 47 a mais que o mínimo necessário para exorcisar o fantasma do segundo turno.
Somando-se as posições ja ocupadas pelo PMDB na Esplanada dos Ministérios, em governos e legislativos estaduais e municipais, este resultado projeta um novo personagem de primeira grandeza na cena política nacional, ao lado dos pólos do governo e da oposição, inclusive para 2010.
O processo eleitoral confirmou o perfil de ''partido-ônibus'', repositório de alas e grupos heterogêneos. O PMDB-Câmara e o PMDB-Senado agiram cada qual por si. O saldo porém reforça o conjunto da sigla, que daqui por diante será ainda mais disputada. Na sucessão presidencial de 2010 ela tende a ter uma função determinante fiel da balança entre o campo do presidente Lula e o de seus opositores.
Por hipótese, o PMDB poderia até ambicionar um protagonismo ainda maior, caso viesse a reunir vontades políticas e coesão em grau suficiente para apresentar um candidato presidencial próprio. Mais provavelmente, ele permanecerá desempenhando o papel de grande partido de centro com poder de desempate – muitas vezes satirizado, mas na realidade um papel clássico na história das lutas políticas da sociedade humana de dois séculos e pouco para cá.
Os processos eleitorais tanto na Câmara como no Senado escaparam da lógica governo-oposição. A base do governo Lula apresentou-se divivida. E a oposição idem. A diferença é que a base dividiu-se ao disputar as presidências das duas Casas, enquanto a oposição fez as contas e contentou-se com outros cargos nas mesas diretoras.
No caso da Câmara, o ''Blocão'' viabilizou a vitória de Temer – que teve 118 votos a menos do que a soma das bancadas de suas 14 siglas. Ainda assim Ciro Nogueira (PPS-PI) obteve 129 votos graças aos laços que cultiva com um largo espectro de deputados. E Aldo Rebelo (PCdoB-SP) reuniu 76 votos, 27 a mais que o Bloco de Esquerda que lançou sua candidatura (PSB, PCdoB, PMN, PRB).
O Bloco de Esquerda vai continuar atuando dentro e fora da Câmara. Pretende realizar neste mês uma reunião para se reafirmar como um bloco político, reaproximar o PDT, construir um projeto conjunto para o pós-Lula e lançar seus candidatos nas eleições de 2010. Ao contrário de outros blocos que a vida política brasileira tem conhecido, ele não existe em função de uma escaramuça momentânea, mas de uma visão de Brasil que julga importante defender conjuntamente.
Os números das votações reforçam esse capital. No Senado, José Sarney (AP) sagrou-se por 49 votos a 32, desmentindo avaliações de última hora de que a disputa se equilibrara com a adesão do PSDB à candidatura do petista Tião Viana (AC). Na Câmara, Michel Temer (SP), candidato de um ''acordão'' que afinal se cumpriu, teve 304 votos, 47 a mais que o mínimo necessário para exorcisar o fantasma do segundo turno.
Somando-se as posições ja ocupadas pelo PMDB na Esplanada dos Ministérios, em governos e legislativos estaduais e municipais, este resultado projeta um novo personagem de primeira grandeza na cena política nacional, ao lado dos pólos do governo e da oposição, inclusive para 2010.
O processo eleitoral confirmou o perfil de ''partido-ônibus'', repositório de alas e grupos heterogêneos. O PMDB-Câmara e o PMDB-Senado agiram cada qual por si. O saldo porém reforça o conjunto da sigla, que daqui por diante será ainda mais disputada. Na sucessão presidencial de 2010 ela tende a ter uma função determinante fiel da balança entre o campo do presidente Lula e o de seus opositores.
Por hipótese, o PMDB poderia até ambicionar um protagonismo ainda maior, caso viesse a reunir vontades políticas e coesão em grau suficiente para apresentar um candidato presidencial próprio. Mais provavelmente, ele permanecerá desempenhando o papel de grande partido de centro com poder de desempate – muitas vezes satirizado, mas na realidade um papel clássico na história das lutas políticas da sociedade humana de dois séculos e pouco para cá.
Os processos eleitorais tanto na Câmara como no Senado escaparam da lógica governo-oposição. A base do governo Lula apresentou-se divivida. E a oposição idem. A diferença é que a base dividiu-se ao disputar as presidências das duas Casas, enquanto a oposição fez as contas e contentou-se com outros cargos nas mesas diretoras.
No caso da Câmara, o ''Blocão'' viabilizou a vitória de Temer – que teve 118 votos a menos do que a soma das bancadas de suas 14 siglas. Ainda assim Ciro Nogueira (PPS-PI) obteve 129 votos graças aos laços que cultiva com um largo espectro de deputados. E Aldo Rebelo (PCdoB-SP) reuniu 76 votos, 27 a mais que o Bloco de Esquerda que lançou sua candidatura (PSB, PCdoB, PMN, PRB).
O Bloco de Esquerda vai continuar atuando dentro e fora da Câmara. Pretende realizar neste mês uma reunião para se reafirmar como um bloco político, reaproximar o PDT, construir um projeto conjunto para o pós-Lula e lançar seus candidatos nas eleições de 2010. Ao contrário de outros blocos que a vida política brasileira tem conhecido, ele não existe em função de uma escaramuça momentânea, mas de uma visão de Brasil que julga importante defender conjuntamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário