1 de julho de 2014

Walter Sorrentino: "Projeto eleitoral do PCdoB se consolidou nas convenções"

Nesta segunda-feira (30) finalizaram-se as convenções partidárias nacionais e estaduais de todos os mais de trinta partidos brasileiros. São decisões para uma eleição presidencial, numa democracia com mais de 100 milhões de eleitores, além de 27 senadores, 27 governadores, 513 deputados federais e centenas de deputados estaduais.

Por Walter Sorrentino*, para o Vermelho

Convenção Nacional: PCdoB com Dilma
É uma matriz de interesses complexa, que produz coligações das mais variadas nos estados, tendo por vértice, em diferentes medidas segundo os diversos partidos, a coligação da eleição presidencial. Mais que isso, a própria coligação firmada em um campo nacional não garante que determinado partido, em toda a linha, a sustente no plano local.

Articulistas conservadores apressam-se a dizer que se trata de um “bacanal” político. Mas essa é a realidade do sistema político e federativo do país. Para alterá-lo se torna imprescindível uma reforma política que fortaleça os partidos e sua identidade programática. Como se sabe, isso só será mais efetivo com o voto em listas partidárias, além de assegurar proibição de financiamento privado corporativo às campanhas.

O PCdoB chega à sua Convenção Nacional com definições claras e coerentes. Sustenta sua identidade e lugar político coerente, seu alinhamento nacional-estadual. Em todo o Brasil, o PCdoB alinhou-se com forças largas capazes de sustentar a campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Do Acre a Pernambuco, do Rio Grande do Sul ao Maranhão, o PCdoB se orienta por esse primado. Ao mesmo tempo, construiu condições para perseguir seu projeto político eleitoral, perseguido diligentemente ao longo do último ano, tendente a buscar a marca de um governador, mais dois senadores, 20 deputados federais e mais de 40 estaduais.

O quadro que se compôs nos 27 estados compreende o lançamento de Flávio Dino ao governo do Maranhão, as candidaturas ao Senado de Perpétua Almeida no Acre, Ricardo Gomyde no Paraná, Inácio Arruda no Ceará e Edvaldo Nogueira em Sergipe - estas duas últimas em disputa até a undécima hora. Alcançou a indicação de candidato ou candidata a vice-governador em São Paulo, no Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.

Convenção do PCdoB no Maranhão
Construiu alianças em torno de candidatos ao governo do PT em 11 estados - RS, SP, RJ, MG, BA, PR, AC, RR, MS, DF, MT - dos quais 3 contam também com o outro grande partido da coligação nacional de Dilma, o PMDB. Com o PMDB como parceiro nacional de Dilma, serão 7 alianças aos governos estaduais - AL, SE, PI, PA, AM, GO -, cinco das quais integradas também pelo PT; resta definir a situação de TO e RO, que tende nessa essa direção.

Com o PSB nos estados serão 4 alianças - PE, PB, AP, ES - uma ou duas das quais contarão também com o PT de Dilma. Em SC e RN o PCdoB forma com o PSD, comprometido com a campanha Dilma, e oferece a candidatura a vice no RN. Finalmente, no CE o PCdoB vai com o governador Cid Gomes, do PROS, também com o PT.

O PCdoB não se comprometerá politicamente com campanha de candidatos ao Senado comprometidos com a oposição a Dilma Rousseff, mesmo que integrem a coligação estadual, como é o caso de Goiás.

O PCdoB vai à luta com ideias claras de seguir mudando o país, com Dilma reeleita.
Apresentou um conjunto de ideias e propostas para o Programa de Governo da candidata.
São essas as construções feitas nas convenções nacional e estaduais. Até a última hora, como se sabe, surpresas advêm. Mas o fundamental está assegurado: uma ampla perspectiva nos 27 estados para campanha de sustentação a Dilma e, nesse terreno, perseguir o projeto do PCdoB.

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