9 de junho de 2014

Em greve a 19 dias, Professores de São Luís realizam 2ª Caminhada em Defesa da Educação Pública

Professores em greve a 19 dias
Os professores e professoras de São Luís decidiram continuidade a greve na Rede Municipal de Ensino. E hoje (9) realizaram a 2ª Marcha em Defesa da Educação Pública.

Centenas de educadores e educadoras saíram às ruas de São Luís em protesto contra as péssimas condições das escolas públicas no Município e ao mesmo tempo contra a falta de diálogo da prefeitura com a categoria em greve há 19 dias.

Os trabalhadores concentraram-se inicialmente em frente à UEB Alberto Pinheiro, Centro da Capital, e saíram em seguida em longa caminhada pelas principais ruas do centro histórico da cidade até chegar à Sede do Palácio dos Leões, Sede da Prefeitura.

Acompanhados de um carro de som os professores e professoras revezaram-se centrando as falas nas condições em que se encontram as escolas e na falta de capacidade para o diálogo do prefeito Edivaldo. “Parece que o poder público não quer mesmo negociar com os trabalhadores, pois já estamos entrando na 3ª semana da greve e até agora sequer fomos contatados. Nenhum sinal. Isso revolta.”, disse a professora da Rede, Maria José.

Outro que manifestou preocupação com a forma infantil como tem conduzido o tratamento aos professores foi o professor de História Carlos Campelo que enfatizou a necessidade do prefeito Edivaldo Holanda Jr em buscar a proximidade com o movimento grevista. “Tem que negociar senão a greve não acaba. Até o momento, após o início do movimento a prefeitura ainda não chamou a direção do SINDEDUCAÇÃO e o Comando de Greve para negociar para tentar resolver esse impasse.”, destaca o Professor Carlos Campelo.

Defesa jurídica dos trabalhadores

O Advogado do SINDEDUCAÇÃO, Dr. Antônio Carlos Araújo destacou que o Sindicato ajuizou recurso hoje (9) junto ao Tribunal de Justiça do Maranhão reforçando a defesa dos trabalhadores contra a decisão intempestiva tomada pela Justiça quando decretou a ilegalidade da greve e garantindo os direitos básicos dos profissionais da educação em greve.

“Greve continua. Ninguém deve voltar para a sala de aula até que o nosso recurso seja apreciado. O município não pode executar sentença alguma até que o recurso apresentado pelo SINDEDUCAÇÃO seja apreciado.”, esclareceu Antônio Carlos.

O Advogado do Sindicato disse também que amanhã (10) o Desembargador Antônio Guerreiro Jr, deve receber a assessoria do SINDEDUCAÇÃO para pessoalmente ouvir os motivos pelos quais levou o sindicato a dar entrada em recurso para suspender a liminar que decretou a ilegalidade da greve. “Temos argumentos fortes e reais para apresentar à justiça e reverter a situação em favor dos trabalhadores., declarou o Advogado.

A Presidente do SINDEDUCAÇÃO, Elizabeth Castelo Branco, disse que “os trabalhadores tem nesse momento da Greve o compromisso de sensibilizar a categoria de professores demonstrando que a unidade é que faz a força. Vamos centrar fogo na mobilização cada vez mais intensa da categoria. E faremos isso intensificando nossa agenda da greve com Blitz nas escolas que ainda insistem em manter atividades funcionando, mesmo que precariamente. A greve continua até termos propostas da prefeitura para podermos avaliar a decidir.”.

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