O Partido Comunista do Brasil, PCdoB, tem 91 anos de vida e
incontáveis histórias para contar.
Uma delas é sobre a movimentação do Partido durante a Ditadura
Militar no Brasil entre 1964 e 1984.
Tantas são as páginas dessa trajetória de lutas que uma
delas aconteceu exatamente fora do Brasil, por conta da pressão dos ditadores
assassinos, durante o exílio dos Comunistas do Brasil na Albânia.
A Fundação Maurício Grabois visitou recentemente a Albânia
para fazer um resgate da parte principal dos Documentos elaborados pelo PCdoB
naquele período. A maioria dos Documentos mais importantes foram destruídos
pela ditadura no Brasil e o partido teria que repor essa história.
A tarefa coube ao Jornalista Bernardo Jofilly e sua esposa
Olívia Rangel, que moraram na Albânia entre 1974 e 1979 “trabalhando nas
transmissões em português na Rádio Tirana.”. diz o jornalista.
De acordo com as informações colhidas pelo Blog a Fundação
Maurício Grabois esperava recuperar documentos históricos da relação entre o
partido brasileiro e o Partido do Trabalho da Albânia (PTA).
Deu certo a missão.
As informações que chegam da própria Fundação destacam que “Os
resultados superaram as expectativas com a recuperação, por exemplo, do filme
que relata a realização da 7ª Conferência do PCdoB em fevereiro de 1978. Fotos
raras de camaradas assassinados, como Carlos Danielli e Maurício Grabois, e
relatos analíticos minuciosos da situação no Brasil e no mundo no período da
ditadura militar completam o acervo que, em breve, estará catalogado para
pesquisadores e divulgação. Quase a totalidade das fotos, cerca de 96 registros
da relação Albânia-Brasil, foram escaneadas e trazidas ao Brasil.”.
Jofilly disse que “Esse material trazido da Albânia é a
documentação mais volumosa que o Partido Comunista reunirá de sua dinâmica
interna e atuação de seus dirigentes, durante o período da ditadura.”.
Augusto César Buonicore, secretário-geral da Fundação
Maurício Grabois e responsável pelo trabalho de Memória, para resgatar a
história do Partido Comunista do Brasil era fundamental ter acesso ao que
existia na Albânia. Encontramos um material riquíssimo. Algo que vai enriquecer
muito a história do Partido, especialmente no período ditatorial, em que a
documentação é rarefeita e difícil de ser encontrada”, disse Buonicore.
Na parte que trata da 7ª Conferência do “PC do Brasil” um registro
que interessa não só aos brasileiros, mas também aos maranhenses, pela singularidade.
O Maranhense Etelvino Oliveira ( primeiro à esquerda na foto ), hoje Presidente interino do
PCdoB no Maranhão, estava exilado na Albânia à época e participou da 7ª Conferência
ao lado de figuras históricas como João Amazonas, Diógenes Arruda, Jô Moraes e
outros.
Oliveira destaca-se por sua história pessoal e ao mesmo tempo pela compreensão histórica da linha marxista leninista desenvolvida
pelo Partido Comunista do Brasil. E isso está agora exposta em farta
Documentação encontrada na Albânia.
Oliveira é mineiro, mas teve que fugir para o Maranhão
quando tinha 19 anos, no auge da sua vida de estudante do curso de Engenharia na UFMG. A perseguição,
claro, foi por conta da perseguição política da ditadura militar.
No Maranhão, Oliveira constituiu
família e hoje é respeitado pela sua história pessoal e compreensão da linha política
do Partido. Alguns dizem que Oliveira é a própria lógica internalizada do PCdoB,
que saiu da clandestinidade, cresceu e hoje luta para fazer o Brasil avançar e o
Maranhão mudar de uma vez por todas.
Acompanhem o Vídeo abaixo feito pela Fundação Maurício Grabois.
Acompanhem o Vídeo abaixo feito pela Fundação Maurício Grabois.
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