16 de novembro de 2013

Futura presidente do PC do B cobra apoio do PT sobretudo a Flávio Dino

A deputada federal Luciana Santos (PE) deve ser confirmada hoje como a próxima presidente do PC do B, no encerramento do congresso do partido, em São Paulo. Sua posse, no entanto, só acontecerá em 2015.

"É preciso que, em função de nossa aliança programática, tenhamos reciprocidade", diz Luciana, 48.
O rito da legenda prevê que, após os delegados referendarem seu nome no encontro, terá início um ano de transição, no qual Renato Rebelo, no comando da legenda desde 2001, começará a lhe passar o bastão para um mandato de quatro anos.

Luciana espera que sua posse no PC do B coincida com a de Flávio Dino no governo do Maranhão. O pré-candidato comunista lidera as pesquisas no Estado, e sua eleição é a prioridade do partido para 2014.

Para isso, o PC do B busca atrair o apoio do PT, seu aliado no plano federal desde 1989, quando Lula perdeu a primeira eleição presidencial. Em 2010, o Diretório Nacional petista interveio no do Maranhão para vetar a aliança com Dino, que novamente tem poucas chances de prosperar no ano que vem.



Para a ex-prefeita de Olinda (PE), o PT já fez muitos gestos de apoio ao PC do B, incluindo em seus dois mandatos na cidade (2001-2008), mas não "no patamar justo e desejado", em comparação à fidelidade dos comunistas. "A balança ainda está desequilibrada", afirma.

Nascida no Recife, Luciana foi atleta de corrida na adolescência. Seu recorde pernambucano nos 400 m rasos durou de 1980 a 1984.

Abandonou as pistas ao iniciar, ao mesmo tempo, o curso de engenharia elétrica e a militância no movimento estudantil --e chegou a ser vice-presidente da UNE.

Quando se formou, em 1992, concorreu a vereadora para ajudar a organizar o PC do B em Olinda e virou segunda suplente. Foi deputada estadual de 1996 até ser eleita prefeita, em 2000.

Ao deixar a administração, virou secretária de Ciência e Tecnologia do governo Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco. "O PSB, como o PT, é nosso aliado histórico e estratégico", diz.

Ela diz que a tendência é que o PC do B apoie o aliado de Campos no Estado e dê palanque ao presidenciável no Maranhão, mesmo estando com Dilma no plano federal.

Fonte: Folha de São Paulo
Foto: de Eduardo Anizelli

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