7 de abril de 2009

O Brasil perde Antonio Vieira.

Morreu hoje vítima de um Acidente Vascular Cerebral na UDI Hospital, o cantor, compositor e poeta Antonio Vieira. Ele nasceu em 09 de Maio de 1920, na Rua de São João, em São Luís.

Mestre Vieira como era conhecido tornou-se popular pela qualidade de suas habilidades.

Histórico
O filho de dona Maria cresceu próximo ao Mercado Central, local de efervescências sociais e culturais, com seus muitos personagens. Era a gente do povo.

Naquela época, quando nem se sonhava com supermercados, a cidade borbulhava de vendedores típicos ambulantes, os chamados pregoeiros, que vendiam (ou compravam) de tudo de porta em porta, anunciando-se com seus pregões cantados e bem-humorados, que tanto fascinavam o menino. Tudo isso, e a paz de uma cidade ainda civilizada,ficou para sempre gravado na memória de Seu Vieira.

Começou a se interessar por música e a compor muito jovem. Ainda menino, prometeu à sua segunda mãe:"minha madrinha, quando eu souber escrever, eu vou fazer o poema para o azul, a cor que eu mais gosto". Aos 16 anos fez sua primeira música, com o entusiástico título de "Mulata Bonita", um samba cadenciado e bem moderno para a época. Mais tarde compôs o "Poema Para o Azul", cumprindo a promessa de menino. Para compor, Vieira usa sua marca registrada, a simplicidade. Ao longo de sua extensa carreira, a sua principal fonte de inspiração tem sido a vida do homem comum, da gente das ruas, o amor e o sofrimento das pessoas simples.
O Samba é Bom
O CD "O Samba é Bom" do cantor e compositor Antônio Vieira é o primeiro disco solo de sua carreira. Aos 89 anos, Mestre Vieira foi representante de uma geração de músicos maranhenses da qual se tem pouco registro. Gravado ao vivo nos dias 19 e 20 de janeiro de 2001 no Teatro Arthur Azevedo em São Luís, o disco tem participações de Elza Soares, Sivuca e Rita Ribeiro, além de seu produtor e idealizador Zeca Baleiro. A canção "Cocada", também gravada no cd "Rita Ribeiro" de 97, valeu ao autor uma indicação ao Prêmio Sharp na categoria "Melhor Canção". Com um acervo de mais de trezentas composições - entre sambas, valsas, boleros e ritmos regionais, como baralho e carimbó maranhense - seu trabalho permaneceu praticamente desconhecido do grande público, a exemplo de outros grandes artistas brasileiros, como Cartola, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Clementina de Jesus e Batatinha, que só tiveram suas obras reconhecidas tardiamente, e hoje fazem parte da história musical do país.

Com Portal imirante

2 comentários:

Thais disse...

Se existisse seriedade nesse governozinho desse prefeitinho de São Luis, deveria ser decretado luto oficial na cidade, que perdeu um de seus maiores compositores. Vou sentir falta das conversas na banca do vascaíno, nos fins de tarde na Praia Grande...

Marden Ramalho disse...

é verdade thaís. ainda mais vieira. vieira é um símbolo da nossa brasilidade maranhense. merece respeito. as pessoas falam de reconhecimento. reconhecimento é vc homenagear o artista em seu local de criação. a cidade é o local de criação. a cidade é do artista. a cidade é de vieira. a cidade é do povo.

forte abraço