28 de fevereiro de 2010

Do Blog O Outro Lado da Notícia" > "FHC: O leguleiro em férias demotucano


Os ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso (FHC) é um daqueles “leguleiros em férias” de que falava Getúlio Vargas. O sujeito não tem o que fazer e, não raro, protagoniza cenas ridículas — como a da transmissão, pelo SPTV (telejornal paulista da Rede Globo), da inauguração de uma ciclovia na capital paulista em que ele elogiou a performance das pedaladas do presidenciável tucano José Serra. Esse exibicionismo, típico do seu comportamento, faz parte de uma tática política calculada.

FHC voltou à mídia nos últimos dias para dar uma forcinha à pré-campanha da direita. E, como não poderia deixar de ser, surfa na crista das ondas criadas pela mídia. A última delas é a falácia sobre a morte do “dissidente” cubano Orlando Zapata Tamoyo — um criminoso comum promovido a “preso de consciência” pela indústria da “dissidência” cubana. O “dissidente” morreu após uma greve de fome programada pelas máfias “dissidentes”, que acabou fugindo do controle.

Lucidez

Como a mídia ignora os fatos para vender a sua versão, FHC foi atrás. “Não é possível que após tantos anos da revolução cubana haja ainda tal desrespeito aos direitos humanos”, disse o direitista. Questionado pela mídia se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria ser mais incisivo na condenação ao governo cubano, afirmou: “Não tenho a menor dúvida.”

Lula foi lúcido ao tratar do assunto. “Não podemos julgar um país ou a atividade de um governante em função da atitude de um cidadão que decide fazer uma greve de fome”, disse ele. “Um cidadão que entra em greve de fome está fazendo uma opção, que na minha opinião é equivocada”, destacou o presidente brasileiro. Lula disse que gostaria que todos os governantes agissem como ele, sem deixar “qualquer dúvida” sobre o exercício da democracia, tanto em sua vida pessoal como em sua vida política. “Agora, aprendi a não dar opinião sobre as atitudes de outros governos porque muitas vezes metemos a colher onde não deveríamos”, afirmou.

Agia e óleo

O presidente também comentou a situação da Venezuela, que para defender sua consistente política de defesa dos direitos humanos decidiu sair da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA — uma entidade “mafiosa”, como bem qualificou o presidente Hugo Chávez, que apoiou o golpe fascista no país em 2002. “Não vou comentar a decisão de Chávez e não é correto que um chefe de Estado faça uma avaliação sobre uma decisão de outro chefe de Estado sem estar bem informado”, disse Lula.

FHC e Lula são água e óleo. Enquanto o governo Lula caminha para o seu final de vento em popa, FHC terminou seus dias no Palácio do Planalto em meio a um processo de decomposição total. Mas, para a mídia, existe um mandamento não escrito pelo qual é pecado dizer qualquer coisa negativa a respeito dele. Como durante o regime militar, quando o cidadão que estava em desacordo com o governo era chamado de subversivo, a serviço do movimento comunista internacional, quem critica FHC e sua laia com consistência são agentes da baderna e da desordem.

Silêncio

O grande problema para a direita é o encontro do Brasil com a realidade. Isso permite que qualquer um, sejam quais forem as suas idéias políticas, possa dizer que FHC não é Nosso Senhor Jesus Cristo, nem a cúpula tucana são os 12 apóstolos. Nunca foram, é claro. Mas, com a nitidez por contraste, a diferença entre os dois presidentes mostra o desastre moral, político e econômico que foi o período neoliberal. É um alívio.

O resultado é um grande silêncio, no mundo político da direita e na mídia, sobre o programa real dos demotucanos. Quando muito, aceita-se alguma discussão, sempre cheia de cuidados, no plano da tática política. Mas os fatos vão para baixo do tapete — e não por falta de dados reveladores de má conduta. Eles existiam de sobra, mas não se admite sua inclusão no debate político.

Empulhação

Como as realidades, em geral, não podem permanecer ocultas pelo resto da vida, o FHC e o PSDB da mitologia acabaram dando lugar ao FHC e ao PSDDB de verdade. Foi saindo de cena a noção de que um Brasil puro, moderno, virtuoso e justo havia nascido em 1o de janeiro de 1995. Foi entrando o Brasil da privataria, da corrupção, das mazelas sociais.

Ficou difícil, depois mais difícil, e por fim impossível, achar no meio disso tudo o PSDB que os tucanos propagam. A reentrada em cena de FHC abre espaço para uma possível conseqüência positiva: pode tornar-se mais difícil alguém emplacar a próxima empulhação do tipo tucano.

Conto-do-vigário

Se tivessem jogado mais firme na construção do neoliberalismo, dizem, tudo seria bem diferente. A solução, portanto, é acabar com esse modelo estatista, privatizar as empresas que ainda restam nas mãos do Estado e tratar o mundo financeiro com mais carinho. Tudo isso seria feito, é claro, por um novo governo integrado por pessoas honestíssimas, que só podem ser encontradas nas hostes demotucanas.

Ao chegarem a Brasília, elas não fariam, de jeito nenhum, o que Lula e seu governo fizeram — ao contrário, iriam ser a luz que a mídia garante emanar de FHC. Sempre haverá quem caia outra vez no mesmo conto-do-vigário. A sorte é que, após a aparição em estado puro da experiência neoliberal, vai ser duro tirar muito peixe desse pesqueiro.

23 de fevereiro de 2010

Do Blog 'o outrolado da notícia': "Mono Jojoy (FARC-EP): "No temos alma de traidores”



As FARC respondem ao Exército: “Acordos de paz sim, mas rendição é uma fantasia da oligarquia”

Senhor:

Freddy Padilla de León.

Compatriota:

Escutei atentamente sua alocução radial do dia 21 de janeiro de 2010 que me pareceu inspirada mais nos fins de propaganda, de perdoa vidas e de guerra psicológica, mais que no sincero espírito reconciliatório e de grandeza, convidando-me à entrega e à rendição.

Você não é pioneiro nesse tipo de “convites”. Nosso insigne Comandante Manuel Marulanda Vélez nos relatava como nos primórdios da nossa luta pela liberação de nosso povo, o general Álvaro Valencia Tovar também costumava dirigir mensagens desse mesmo teor ao Comandante Ciro Trujillo, oferecendo-lhe incluso, dinheiro a modo de suborno, enquanto ao mesmo tempo eram alistadas tropas e se aperfeiçoavam os mecanismos para o início da agressão contra a população das regiões de Marquetalia e Riochiquito, seguindo a aplicação do Plano LASO e a meio de uma situação política na qual as Forças Militares iniciavam sua carreira como instrumento classista de repressão ao serviço dos latifundiários para despojar da sua terra os camponeses.

Muito pouco nos conhece você, senhor Padilla de León: com toda sinceridade, sem ódio nem ressentimento e com o respeito que todo revolucionário professa por seus adversários, lhe respondo: Não, muito obrigado, general.

Nas FARC não temos alma de traidores, mas de patriotas e de revolucionários.

Temos lutado e continuaremos nisso, com valor, entrega e sacrifício por derrubar esse regime podre das oligarquias e construir outra ordem social, ou por alcançar acordos que ajudem a construir uma pátria na qual caibamos todos.

Jamais temos proclamado o principio da guerra pela guerra, nem assumido nossa luta como algo pessoal, já que nossos objetivos são os de lograr mudanças profundas na estrutura social da Colômbia para que por fim sejam levados em conta os interesses das maiorias nacionais, dos setores populares e que conduzam ao desmonte do atual regime político criminal, oligárquico, corrupto, excludente e injusto, como está consignado em nossa Plataforma Bolivariana pela Nova Colômbia.

Com a honestidade que corresponde ao nosso compromisso com a transformação social e a lealdade que lhe devemos ao nosso povo, lhe afirmamos que não vamos a desistir depois de mais de 40 anos de luta, nem aceitar uma falsa paz. Não trairemos os sonhos de justiça da Colômbia que clama pela paz com justiça social, nem a memória dos milhares de mortos, nem às vítimas das inumeráveis tragédias que tem ocasionado esta cruenta guerra, declarada pela oligarquia contra o povo desde há mais de 50 anos.

Colômbia necessita encontrar os caminhos que conduzam a pôr fim a esta guerra entre irmãos, sendeiros de reconciliação que nos levem a Acordos de Paz. Mas não será através de uma paz falsa que siga permitindo a uma minoria oligárquica continuar se apropriando de todas as riquezas, enquanto as grandes maiorias nacionais ficam esmagadas pelo peso da pobreza, o terror militarista, a miséria e a degradação moral de uma classe dirigente corrupta até a medula, o caminho mais seguro para alcançar a reconstrução da pátria e a reconciliação dos colombianos.

Uma paz entendida como rendição ou entrega é uma fantasia da oligarquia e de nossa parte seria um crime de lesa traição ao povo e a seus históricos anseios por alcançar, por fim a justiça social para todos.

Acordos de paz sim, mas, o ponto cardinal é: ¿com ou sem mudanças estruturais no político e social?

¿Mais Democracia ou mais autoritarismo e mais repressão e ajoelhamento diante do império?

Convidamos o senhor a refletir sobre estas serenas palavras plenas de sensatez e atualidade, contidas na mensagem que dirigiu o Comandante Manuel Marulanda Vélez aos membros das Forças Militares:

“O futuro da Colômbia não pode ser o da guerra indefinida, nem o de exploração por uns poucos das riquezas da pátria, nem pode continuar a vergonhosa entrega de nossa soberania à voracidade das políticas imperiais do governo dos Estados Unidos; nós estamos em mora de sentarmos a conversar em sério para dirimir nossas diferencias, mediante o intercâmbio civilizado de opiniões rumo à solução definitiva das causas políticas, econômicas e sociais geradoras do conflito interno, para bem das futuras generacões de compatriotas “.

Hoje, queremos compartilhar esse raciocínio com você, e também, como sempre, com os sargentos, os cabos, os tenentes, capitães e coronéis, e com todos os homens de experiência que põem o peito nos combates, mas que apesar disso, lhes está ascender à oficialidade por sua origem racial, cor ou sua raça.

Lembro-lhe general, que o passo pela milícia em defesa de interesses estrangeiros ou oligárquicos que fazem alguns de vocês, assim seja prolongado no tempo, é efémero, e que pronto será você chamado qualificar serviços, e com certeza o povo ou a justiça internacional lhe reclamará sua responsabilidade como comandante das Forças Militares nos crimes de lesa humanidade contra nosso povo, hipocritamente chamados “falsos positivos” ou, em seu papel como chefe em um tempo da nefasta XX Brigada de “inteligência e contra-inteligência” (B I N C I), de tão ingrata recordação para os colombianos, assim como o surgimento e aumento do paramilitarismo depois de seu passo pelo Comando da Segunda Divisão do Exército, ao lado do hoje presidiário general Iván Ramírez.
Temos feito reiterados chamamentos a todos os patriotas e democratas da Colômbia, a trocar idéias sobre esses temas para impedir a perpetuação em nossa pátria de uma ditadura ou um governo totalitário e déspota.

Hoje as FARC queremos convidar todos os militares e integrantes da Força Pública a retomar o caminho da defesa da soberania pátria, a trabalhar pela formação de um exército bolivariano patriótico, que não aponte suas armas contra seus concidadãos, integrado às lutas populares, e que trabalhe em beneficio de alcançar a paz, assim como pelo intercâmbio humanitário e para continuar a obra que deixou sem concluir o Libertador Simón Bolívar, para que Colômbia não volte sofrer jamais a afronta de ver os soldados que você comanda, submetidos e despojados de suas armas para serem revistadas por representantes do exército da potência estrangeira que nos avassala, como ocorreu na passada visita do presidente Bush.

Compatriota,
Jorge Suárez Briceño.
Integrante do Secretariado do Estado Maior Central das FARC EP.
Montanhas da Colômbia, janeiro de 2010

11 de fevereiro de 2010

Imperdível!!!! No Blog do Miro: 'Direita midiática conspira em São Paulo'


No dia 1º de março, no Hotel Golden Tulip, na capital paulista, as estrelas da direita midiática estarão reunidas num seminário cinicamente batizado de “1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão”. Não faltarão críticas a Conferência Nacional de Comunicação, sabotada pelos donos da mídia, e às idéias democratizantes do Plano Nacional de Direitos Humanos. O presidente Lula ficará com a sua orelha ardendo. Será rotulado de autoritário, populista e de outros adjetivos. O evento tentará unificar o discurso da mídia hegemônica para a disputa presidencial de 2010.

Os inscritos que desembolsarem R$ 500 poderão ouvir as opiniões de famosos reacionários sobre as “ameaças à democracia no Brasil” e as “restrições à liberdade de expressão”. Marcel Granier, dono da golpista e corrupta RCTV, que teve sua outorga cassada pelo governo venezuelano, fará a palestra de encerramento. A lista de palestristas convidados causa náuseas: o fascistóide Denis Rosenfield, o racista Demétrio Magnoli, o pitbul Reinaldo Azevedo, o bravateiro Arnaldo Jabor, o líder da seita xiita Opus Dei, Alberto Di Franco, além de vários comentaristas da TV Globo.

O sinistro Instituto Millenium

O evento, que tem o apoio da Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert) e da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), é uma iniciativa do sinistro Instituto Millenium. Esta entidade reúne poderosos banqueiros, industriais e barões da mídia e pretende ser um centro de aglutinação dos defensores da “economia de mercado”, como descreve seu sítio. Ela é presidida por Patrícia Carlos Andrade, que foi analista dos bancos Icatu e JPMorgan, e é filha do falecido jornalista Evandro Carlos de Andrade, um dos mentores da Central Globo de Jornalismo.

O instituto não tem nada de neutro ou plural. É controlado pelas corporações empresariais. Entre os mantenedores estão Jorge Gerdau, o barão da siderurgia, Sergio Foguel, da Odebrecht, Pedro Henrique Mariani, do Banco BBM, Salim Mattar, do grupo Localiza, e Marcos Amaro, da TAM. O gestor do fundo patrimonial da Millenium é Armínio Fraga, o ex-presidente do Banco Central na era neoliberal de FHC. Os barões da mídia têm expressiva presença na entidade. Entre os dez principais mantenedores estão João Roberto Marinho, das Organizações Globo, e Roberto Civita, da Abril. Seu conselho editorial é dirigido por Eurípedes Alcântara, diretor de redação da Veja.

A resposta dos movimentos sociais

O repórter Adriano Andrade, num excelente artigo para o jornal Brasil de Fato, demonstrou que o Instituto Millenium representa a nata da direita brasileira. Patrícia Andrade chegou a assinar o “manifesto contra a ditadura esquerdista na mídia”, escrito pelo fascistóide Olavo de Carvalho. A entidade também promove anualmente o risível “dia da liberdade de impostos”. Para o repórter, a Millenium lembra duas instituições que tiveram papel de relevo na preparação do golpe militar de 1964 – o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) e o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES), ambos financiados pelo governo dos EUA e pelos grupos monopolistas nativos.

O evento de 1º de março bem que mereceria uma resposta organizada dos movimentos sociais, alvo das manipulações constantes da mídia hegemônica. O demonizado MST, as ridicularizadas centrais sindicais, a estigmatizadas entidades estudantis, além das forças opostas a todos os tipos de discriminação, como a de gênero e a racial, poderiam aproveitar este evento conspirativo da direita midiática para protestar contra a “criminalização dos movimentos sociais e pela autêntica liberdade de expressão”. Nada mais democrático do que protestar contra a ditadura da mídia.

8 de fevereiro de 2010

Deu no Estadão: "PT prevê até intervenção nos Estados por aliança de centro"


Empenhada em garantir palanques estaduais para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência, a cúpula do PT ameaça até mesmo intervir em diretórios que se recusarem a cumprir a orientação nacional de aliança com o PMDB. Documento a ser apresentado no 4º Congresso Nacional do PT ? encontro que homologará a candidatura de Dilma e definirá a política de alianças ? enquadra as seções estaduais do partido e, sem usar o verbo intervir, afirma que a “prioridade máxima” é o projeto nacional.

“Compete ao Diretório Nacional a missão de examinar em caráter terminativo as alianças estaduais, à luz das resoluções deste congresso, e do objetivo de prosseguir com as mudanças que o povo aprova e o Brasil tanto necessita”, diz um trecho do documento, intitulado Os Desafios de 2010: A vitória na eleição presidencial e o crescimento do PT, que será apresentado no congresso, marcado para os próximos dias 18 a 20, em Brasília. Para justificar a orientação, o texto investe na necessidade de formar uma ampla frente de partidos, capaz de se opor aos neoliberais, termo que, segundo o próprio documento, se aplica ao bloco PSDB, DEM e PPS.

O presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, disse estar confiante na solução dos impasses regionais, apesar da dificuldade para fechar parcerias entre seu partido e o PMDB em alguns Estados, como Minas. “Não vai haver intervenção”, disse o ex-senador, autor do texto. “Não haverá um processo de chantagem, mas, sim, de debate político.”

As direções do PT e do PMDB ainda não conseguiram fechar acordo em Minas, Pará, Ceará, Mato Grosso do Sul, Bahia e Maranhão. No Rio, o PT vai apoiar o governador Sérgio Cabral (PMDB), mas o ex-governador Anthony Garotinho (PR), pré-candidato ao Palácio Guanabara, quer Dilma em seu palanque. “Apoio não se rejeita”, comentou Dutra. “Se o Garotinho diz que apoia a Dilma, a Dilma vai chutá-lo?”

Além do texto sobre política de alianças, o Congresso do PT vai aprovar as diretrizes do programa de governo de Dilma e o manifesto de lançamento da candidatura da ministra, antecipados pelo Estado.

“Devemos envidar todos os esforços no sentido de buscarmos candidaturas unitárias aos governos estaduais”, sustenta o texto sobre política de alianças. Nos locais onde uma única candidatura apoiada por partidos aliados for “politicamente impossível”, a ordem é assegurar dois palanques para Dilma.

Integrante da coordenação da campanha da ministra, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel ameniza a polêmica, alegando que as negociações têm caminhado sem a necessidade de intervenção. “Mas é sempre melhor prevenir do que remediar. Se tivermos algum problema mais adiante, esse mecanismo serve de garantia para a aplicação da nossa estratégia”, disse Pimentel, que é pré-candidato ao governo de Minas. Além dele, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, também está de olho na vaga. O problema não para aí: o PMDB tem como pré-candidato o ministro das Comunicações, Hélio Costa.

A informação é do jornal O Estado de S. Paulo

2 de fevereiro de 2010

02 de Fevereiro de 1943 - Dia de Stalingrado


Cartaz
soviético
conclama à
resistência

Virada estratégica na 2ª Guerra: a URSS vence a batalha de Stalingrado; 200 mil alemães mortos, 90 mil aprisionados. Hitler cai na defensiva em todo o cenário da guerra.

Incrível: "Venezuela: RCTV foi a única, dentre 105 canais, a desacatar lei"


Representantes dos canais TV Chile, American Network, Ritmoson, Sport Plus e Momentum, que tiveram no domingo passado o seu sinal temporariamente interrompido na Venezuela, entregaram a documentação exigida pela Comissão Nacional de Telecomunicações, Conatel, que comprova que são canais internacionais o que permite restabelecer suas transmissões nos próximos dias.

A Conatel requereu a documentação para que os canais de televisão que operam no país fossem qualificados sobre os Serviços de Produção Nacional Áudiovisual, tendo sido atendida por 104 canais. Só seis ultrapassaram todos os prazos estipulados e tiveram seu sinal interrompido até que as leis do país fossem respeitadas.

A Norma Técnica que complementa a Lei de Responsabilidade Social em Rádio e Televisão, aprovada em 2005, entrou em vigência no dia 23 de dezembro. A nova regra determina que os canais que transmitem em território nacional tinham até quinze dias para apresentar suas documentações à Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) e protocolar seu pedido de ingresso ao grupo de produtores nacionais ou internacionais.

Pela Lei são considerados como produtores nacionais aquelas emissoras com 70% ou mais de produção nacional, que seja realizada com capital, pessoal técnico, artístico e que sejam produzidas em locações venezuelanas.

Neste caso, os canais devem se submeter à legislação nacional, que prevê a transmissão de cadeias nacionais e mensagens governamentais, estabelece limites para a transmissão publicitária e regulamenta a programação por elementos de linguajem, saúde, sexo e violência que determina a recomendação por faixa etária, entre outras normas.

De 105 canais em operação, só seis não compareceram. Assim, a RCTV e os canais Sport Plus, Momentum, Ritmo Son, America TV, TV Chile e American Network, foram qualificados automaticamente como produtor nacional. Com essa classificação, as emissoras teriam de respeitar a legislação interna, o que não vinha ocorrendo.

Na semana passada, dois dias antes da suspensão das transmissões dos seis canais, o diretor da Conatel, Diosdado Cabello, advertiu que as emissoras teriam de enquadrar-se à legislação ou, do contrário, seriam tiradas do ar. As emissoras mantiveram seu desrespeito a legislação em vigência e foram punidas sendo tiradas do ar temporariamente à meia-noite do sábado, 23 de janeiro.

Para constatar se uma emissora deve ser classificada como nacional ou internacional, a Conatel avaliou o conteúdo de programações durante quatro meses consecutivos e constatou, no caso da RCTV, que 94% da programação era de conteúdo nacional e apenas 6% internacional.

A Conatel esclareceu que a suspensão é transitória e pode ser revertida se os canais se apresentarem ao organismo, solicitando seu registro na categoria a que pertencem. Assim, na segunda-feira, dia 25, cinco, dos seis canais suspensos, já apresentaram documentos para regularização de suas transmissões, com exceção da RCTV.

“O representante do grupo Televisa, do qual formam parte os canais American Network e Ritmoson, realizou uma visita a Conatel, onde conversou sobre a aplicação da Norma Técnica ditada pelo Diretório de Responsabilidade Social, e se mostrou satisfeito pela receptividade da instituição para com seus representantes, considerando que a Norma vem preencher um vazio legal existente”, assinalou em comunicado a Conatel.

O diretor geral da Comissão, Diosdado Cabello, declarou que continua com as portas abertas para receber os outros canais a cabo, particularmente a RCTV, que ainda não entregaram a documentação pedida.

Ao invés de apresentar a documentação solicitada, parece preferir continuar com a empresa lacrada para chorar a ‘falta de liberdade’ sob o comando de Chávez. “Não vamos medir esforços até que a RCTV volte ao ar, ao ar da Venezuela, ao ar da liberdade”, disse o presidente da empresa Marcel Granier.

Fonte: Hora do Povo