30 de março de 2011

BOMBA! Secretamente, EUA entregam armas para rebeldes líbios



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou uma ordem que autoriza o apoio secreto do governo estadunidense às forças rebeldes que tentam derrubar o governo de Muamar Kadafi, segundo disseram funcionários do governo nesta quarta-feira (30).
Obama assinou a ordem, conhecida como "decisão" presidencial, nas últimas duas ou três semanas, segundo quatro fontes do governo familiarizadas com o assunto.

Tais decisões são a principal forma de diretriz presidencial usada para autorizar operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA). A agência e a Casa Branca se recusaram a comentar de imediato.

Em entrevista à rede NBC na noite de terça-feira, Obama disse que Kadafi "não tem o controle da maior parte da Líbia neste momento", acrescentando que os Estados Unidos não descartavam a possibilidade de prover equipamento militar aos rebeldes. "Não estou, não estou descartando."

"É justo dizer que se quisermos fazer chegar armas à Líbia poderemos fazê-lo. Não excluo isto, mas também não digo que faremos. Estamos avaliando diariamente o que as forças de Kadafi fazem. As operações militares da coalizão começaram há nove dias", disse na terça o presidente estadunidense.

A divulgação de tal ajuda aos rebeldes líbios é, no mínimo, suspeita. A CIA revelou na terça-feira que aos forças rebeldes que combatem o governo líbio "indicam sinais da presença da al-Qaida e do Hezbolá" entre os opositores.

Entregar armas à oposição rebelada seria entregar armas à al-Qaida e ao Hezbolá, algo que os estadunidenses não parecem ter incluído nos planos dos ataques à Líbia. A divulgação dessas notícias apenas indica que uma delas foi plantada. Se estão entregando armas de fato aos rebeldes, não é verdade que a suposta rede terrorista al-Qaida — criada com a ajuda deles — e o Partido de Deus libanês estejam envolvidos na guerra civil líbia.

A notícia sobre a presença dos "arqui-inimigos" dos EUA foi veiculada ontem, pelo almirante James Stavridis, comandante supremo da Otan para a Europa e também comandante do Comando Europeu estadunidense, durante um depoimento ao Senado dos EUA. "Estamos examinando com muita atenção o conteúdo, a composição, as personalidades, quem são os líderes dessas forças de oposição".

Stavridis afirmou que a liderança da oposição "parece ser composta por homens e mulheres responsáveis", mas disse também que "observamos na inteligência sinais possíveis da al-Qaida e Hezbolá. Temos visto coisas diferentes".

Com agências

Oliveira recebe homenagem e torna-se cidadão ludovicence


Oliveira, exib homenagem entre Rose Sales e Dr. Fernando Lima

Uma significativa homenagem foi realizada pelo vereador Dr. Fernando Lima, congratulando com o título de Cidadão Ludovicense o vice-presidente do PCdoB, Etelvino Oliveira. O homenageado é natural de Bocaiúva, Minas Gerais, mas desde 1972 vive no Maranhão.

Durante a sessão especial para os dois acontecimentos, o presidente do diretório municipal do PCdoB em São Luis, o jornalista Márcio Jerry, afirmou que, iniciativas iguais a do parlamentar Dr. Fernando Lima, demonstram o reconhecimento pelo trabalho de luta e construção desenvolvido por Etelvino Oliveira, que teve que conviver com a ilegalidade e preconceito em busca da democracia política.

A solenidade foi encerrada com o discurso do ex-deputado federal, Flávio Dino, que parabenizou a iniciativa do vereador Dr. Fernando Lima por conceder o título de cidadão ludovicense, Etelvino Oliveira, que lutou contra ditadura sofrida pelo militante em busca da libertação do povo através do meio democrático na política.

Fonte: ASCOM

23 de março de 2011

Em Assembléia, Educadores decidem manter greve



Está mantida a greve dos trabalhadores em educação. Esta decisão foi tomada de forma unânime na Assembléia Geral realizada nesta quarta-feira, 23, pela manhã, na sede da Fetiema – Praça da Bíblia. Por mais de duas horas, centenas de educadores discutiram e avaliaram as razões da paralisação. Em todo o estado, serão realizadas assembleias regionais com o mesmo objetivo.

Muitos dos presentes pronunciaram-se dando apoio às medidas tomadas pela direção nas últimas semanas, principalmente no que tange à decisão de entrar com recurso por meio do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – contra a liminar deferida pelo desembargador Marcelo Tavares na semana passada a favor do governo.

Em discurso, o presidente da entidade que representa a categoria, Júlio Pinheiro, explicou os motivos de continuar e também, de receber o apoio dos trabalhadores. Explicou ainda que dos 22 itens reivindicados, apenas um foi atendido pelo governo - que foi a prorrogação da validade do último concurso público para a categoria realizado em 2009.

“O Estatuto do Educador é uma ferramenta necessária. Sem ela, fica difícil dar andamento ao processo de educação no Estado. É isso que o governo precisa entender”. Desabafou, o presidente.

Pinheiro destacou também que há dois anos a categoria vem tentando entrar em acordo com o governo no sentido de aprovar e aplicar o Estatuto, uma vez que o documento ora em vigência já caducou e deixa de fora inúmeros benefícios aos educadores, como por exemplo: gratificações, ampliação de mestrados e doutorados, inclusão dos funcionários de escolas, dentre outros considerados fundamentais para o segmento da educação.

“O governo do Estado tem utilizado de todo aparato midiático para tentar desarticular o movimento, mas precisamos estar atentos a esta manipulação”, disse enfático, ao tempo que criticou a governadora quanto ao seu pronunciamento em campanha política, de que faria um governo revolucionário no campo educacional.
“Não podemos nos curvar a violência, às perseguições e ameaças que o governo tem feito para nos intimidar. A luta vai continuar!”

Argumentos

Ao se referir a liminar, Júlio Pinheiro disse serem frágeis os argumentos proferidos pelo desembargador Marcelo Carvalho na ação. Ele explicou o processo que levou a categoria à paralisação e a utilização dos trâmites considerados legais para que a greve tenha legalidade.

Ele esclareceu que na última sexta-feira, o SINPROESEMMA enviou ofício declarando disposição para uma nova e definitiva negociação, que de imediato foi refutada pela gestora Olga Simão.

O governo, segundo relato do presidente, não aceitou a proposta de renegociar e alegou que já que havia respondido ao Sindicato em fevereiro, quando ofereceu á categoria um reajuste de 10%, apresentando ainda a proposta de aprovação e aplicação do Estatuto apenas em outubro deste ano. O SINPROESEMMA aguarda um pronunciamento da governadora quanto à greve na educação, já que percebe-se um sentimento de indiferença quanto ao movimento em um dos principais setores da sociedade.

“O governo está irredutível. Tentamos de todas as formas chegarmos a um acordo, mas infelizmente não conseguimos. A ordem então é continuar o movimento. É só nas ruas que seremos vitoriosos. A luta vai continuar”, bradou o presidente.

A Assembléia Geral contou com o apoio dos representantes da Associação e Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA

22 de março de 2011

Do jornalista Luiz Manfredini (Portal Vermelho): Soberania do Brasil é violada durante visita de Obama


Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota

Em sua edição desta terça-feira (22) a Folha de S.Paulo traz matéria a respeito da revista a que ministros brasileiros foram submetidos por agentes secretos norte-americanos no evento com o presidente Barack Obama, organizado pela Confederação Nacional da Indústria.

Por Luiz Manfredini*
Revista de americanos foi agressiva, diz Mercadante, é o título da nota.

Relata a Folha:


“A revista consistiu em uso de bastão e portal detector de metais. Os ministros ainda teriam sido proibidos de usar os carros oficiais. Eles foram escoltados por agentes americanos em um ônibus até o local e revistados na entrada”.

Ministros reclamaram, entre eles Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Alexandre Tombini (Banco Central) e Edison Lobão (Minas e Energia).

Prossegue a Folha:


"Acho que foi um erro transferir naquele evento da CNI a parte de segurança para a equipe americana", disse Mercadante. "Foi uma intervenção muito agressiva, autoritária, assisti ali a episódios inaceitáveis", declarou.

Ele disse ter presenciado um segurança americano destruir com um soco uma maçã que estava na bolsa de uma mulher.

Um dos ministros contou que o esquema fez com que se sentissem como "colegiais" ou suspeitos tentando entrar nos EUA. Após a revista, eles resolveram ir embora.

O Ministério da Fazenda afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que Mantega se sentiu incomodado não apenas pela revista em si, mas porque ele e os colegas já haviam passado por segurança antes, no almoço com Obama no Itamaraty.

Bem, então foram duas revistas: no Itamaraty e no evento da CNI. Segundo a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o procedimento foi padrão, comum “em todas as visitas em evento organizado pela Casa Branca”.

Certo. Então quando a presidente Dilma visitar os Estados Unidos e a Embaixada brasileira organizar um evento, a segurança (inclusive sobre autoridades norte-americanas) será feita pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pela Polícia Federal. Vamos ver.

A verdade, a meu ver, é que essas revistas violaram a soberania brasileira. Agentes estrangeiros revistando ministros brasileiros é algo inconcebível em qualquer lugar do mundo, muito mais em território nacional.

No ano passado, o então presidente Lula lembrou o episódio ocorrido nos Estados Unidos, em janeiro de 2002, quando o então chanceler Celso Lafer foi obrigado a tirar o sapato três vezes por seguranças de aeroportos ao longo da viagem que fez ao país. Lula garantiu: "Ministro meu que tirar o sapato deixará de ser ministro. Se tiver que tirar o sapato, volte para o Brasil, porque não exigimos que ninguém tire o sapato aqui", disse.

Deixar-se revistar por seguranças norte-americanos, apesar de, em seguida terem se retirado, foi da parte dos ministros quase como tirar os sapatos nos aeroportos, como se Celso Lafer reclamasse e voltasse pra o Brasil, mas depois de tirar os sapatos. Um gesto, digamos, de meia dignidade. Deviam, os nossos ministros de hoje, protestar à altura e não permitir a revista. Nenhum brasileiro decente os condenaria por isso.


* Luiz Manfredini é jornalista, escritor e colunista do Vermelho

Fonte: www.vermelho.org.br

21 de março de 2011

Sinproesemma refuta argumentos do governo contra a greve da Educação

Em respeito aos leitores deste Blog publico abaixo resposta do SINPROESEMMA sobre a carregada campanha de desinformação promovida oficialmente pelo Governo do Estado contra os Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de todo o estado do Maranhão em razão da greve decretada pela categoria desde o dia 1º de Março de 2011.

EM RESPEITO À VERDADE

Educadores e, especialmente, pais, alunos e a sociedade em geral têm sido alvo, no último mês, de intensa campanha publicitária promovida pelo governo Roseana Sarney (PMDB/PT). Essa campanha é baseada em mentiras sobre a greve dos trabalhadores em educação pública. Nela, as motivações da nossa luta são distorcidas; os caminhos seguidos até aqui são ocultados; e se induz à ignorância e ao erro.

Além do Governo do Estado gastar muitos recursos financeiros públicos contra nós, são utilizados instrumentos oficiais para tal propósito. É o caso de matéria jornalística publicada no saite da Seduc (Secretaria de Estado da Educação) e distribuída a jornalistas e veículos a soldo do governo.

Essa campanha se assenta sobre uma decisão liminar (provisória) e monocrática do desembargador Marcelo Carvalho, minimamente, induzido ao erro pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), que elencou três falsos argumentos na Ação Ordinária proposta pelo governo. O magistrado os acolheu como verdadeiros e transformou-os em fatos jurídicos. Mas eles não têm fundamentação. Vejamos:

1
MENTIRA: A greve foi deflagrada ainda no início das negociações entre o Sindicato e o Governo do Estado;
VERDADE: A negociação com o governo Roseana Sarney sobre o Estatuto do Educador começou em abril de 2009, tão logo a governadora assumiu por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral); seguiu durante todo ano de 2010, e ainda que tenha havido substituição de dois secretários de Educação, prosseguiu com a atual titular, Olga Simão, que mesmo não sendo uma educadora, era anteriormente [e sempre] auxiliar direta da governadora (OFÍCIOS ANEXOS). Em outubro do ano passado, a categoria decidiu pelo Indicativo de Greve a partir do reinício das aulas. Isso foi comunicado à sociedade e ao próprio governo. Mudou a governadora? Não! A negociação é a mesma. O governo Roseana Sarney é que passou a escarnecer dos educadores, procrastinar decisões, fazer ouvir de mercador a apelos. Ainda assim, prazos foram cumpridos ANTES da greve. Troca de gestores não impõe suspender e reiniciar processos, pois, afinal, a Constituição Federal estabelece os procedimentos públicos pelo “caráter de impessoalidade”, entre outros, e a governadora continua sendo a mesma;

2
MENTIRA: A ausência, segundo Lei 7.783/1989, de comunicação prévia da greve 48h antes de seu início (sic);
VERDADE: A governadora, Roseana Sarney, e a secretária de Educação, Olga Simão, receberam no dia 24 de fevereiro de 2011 ofícios comunicando OFICIALMENTE a decisão da categoria por GREVE GERAL por tempo indeterminado [CONFIRA CÓPIAS] a partir de 1º de março;

3
MENTIRA: Não cumprimento da determinação de manutenção de pelo menos 30% dos professores trabalhando;
VERDADE: Esta é uma questão jurídica e política. Primeiro, os educadores não estão definidos como serviços essenciais de funcionamento (transporte, saúde etc) em movimentos paredistas. Depois: a secretária Olga Simão repete em todas oportunidades que “somente 40% dos educadores estão em greve”. Ora, se secretária estivesse falando a verdade, e a lei previsse o mínimo de 30%, já estaria sendo cumprida para além – 60% dos educadores trabalhando. Ou uma coisa ou outra.

QUEM ENSINA, FALA A VERDADE!

Educação é essencial. Por isso, educação de qualidade,
só com Estatuto aprovado e Educador valorizado!

A greve continua!
São Luís, 19 de março de 2011

SINPROESEMMA
Gestão Unidade pra Lutar!

Pingo nos 'is': Abaixo cópia de Ofício protocolado junto ao Governo.


Fonte: www.sinproesemma.gov.br

18 de março de 2011

Até chegar ao Brasil Obama relembra tempos de George Bush, expondo ainda mais toda a arrogância dos EUA e seus aliados na luta contra o povo Líbio



Por María Peña

Washington, 18 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu nesta sexta-feira o líder líbio, Muammar Kadafi, para que ele cumpra imediatamente o cessar-fogo e outras condições "não negociáveis" se quiser evitar uma ação militar dos EUA e seus aliados na Europa e no mundo árabe.

Em suas declarações mais enérgicas contra Kadafi nas últimas semanas, Obama traçou as condições que o líder líbio deve cumprir imediatamente, incluindo o cessar-fogo, a retirada de suas tropas de fortificações rebeldes, e permitir a entrega da ajuda humanitária.

"Muammar Kadafi tem uma opção. EUA, o Reino Unido, França e os Estados árabes coincidem que se deve aplicar imediatamente um cessar-fogo. Isso significa que deve frear todo o ataque" contra a população civil, disse Obama da Casa Branca.

"Quero ser claro: estes termos não são negociáveis... se o coronel Kadafi não cumprir com a resolução [da ONU], a comunidade internacional imporá consequências", enfatizou Obama, que não fixou um prazo para o cumprimento dessas condições.

No entanto, o líder precisou que os Estados Unidos "não vai mandar tropas terrestres na Líbia" e que, de fato, França, Reino Unido e as nações árabes liderariam os esforços para exigir o cumprimento da resolução 1973 das Nações Unidas, que autoriza o uso da Força contra Kadafi para proteger a população civil e estabelecer uma zona de exclusão aérea.

Obama também não precisou quando poderia começar a ação militar da comunidade internacional se Kadafi rejeitar suas advertências.No entanto, indicou que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, viajará no sábado à Paris para uma série de reuniões com os aliados dos EUA, para determinar os próximos passos a serem seguidos na Líbia.

Como já fez em outras ocasiões, Obama disse que não sobrou outra opção além de atuar, após "a campanha de intimidação e repressão" que manteve Kadafi contra uma população que exige o respeito de seus direitos e suas aspirações.

Obama destacou que o líder líbio "claramente perdeu a confiança de seu próprio povo e a legitimidade para permanecer no poder", observou Obama e acrescentou que, durante décadas, Kadafi demonstrou sua determinação para recorrer à "força brutal" através do patrocínio do terrorismo contra os EUA e outros países, e assassinatos dentro de seu próprio território.

O presidente disse que Kadafi deve frear o avanço de suas tropas em direção a Benghazi e retirá-las de Ajdabiya, Misrata, e Zawiya, fornecer água, eletricidade e gás, além de ajuda humanitária.

As declarações de Obama, centradas em um esforço multinacional, ocorrem depois que seu Governo tenha sido objeto de críticas de que, dentro e fora do Congresso, exigiam uma resposta mais enérgica dos Estados Unidos à campanha de repressão de Kadafi, no poder há 42 anos.

Enquanto o Governo líbio assegura que cumpre com o cessar-fogo, o ceticismo reina nos EUA, já que Kadafi, que afrontou pressões de oito presidentes americanos, demonstrou um grande instinto de sobrevivência que pode ajudar enfrentar também estas novas pressões.

O Pentágono não precisou as ações que prepara para fazer cumprir a resolução da ONU. Segundo confirmou um porta-voz da Marinha à Agência Efe, o Bataan está pronto na base de Norfolk (Virgínia) para partir no dia 23 de março em direção ao Mediterrâneo para apoiar o plano de contingência internacional na Líbia.

Horas antes, Hillary Clinton deixou claro que Kadafi deve demonstrar com gestos e não só com palavras seu compromisso com o cessar-fogo. "Não vamos responder as palavras nem nos impressionar por elas", afirmou Hillary, em entrevista coletiva depois de se reunir no Departamento de Estado com o vice-primeiro-ministro e ministro de Relações Exteriores da Irlanda, Eamon Gilmore.

"Seguiremos trabalhando com nossos membros internacionais para pressionar Kadafi para que saia do poder e respeite as aspirações legítimas dos líbios", assegurou.

Fonte:www.yahoo.com.br

16 de março de 2011

Vice-Reitor da UFMA e também Doutor em Física Atômica e Molecular diz que São Luís pode sim ser atingida por uma Tsunami. Leia opinião.





A Ilha de São Luís pode ser atingida por um tsunami?

Entenda como se formam as ondas gigantes em texto de Doutor em Física Atômica e Molecular da UFMA

Um tsunami ou maremoto é um conjunto de ondas causada pelo deslocamento de um grande volume de massa,como um oceano ou um grande lago. Eles são causados por terremotos, erupções vulcânicas, impactos de meteoros ou corpos celestres, outras explosões submarinas (detonações de artefatos nucleares no mar), deslizamentos de terra e outros movimentos de massa além de outros distúrbios acima ou abaixo da água.

No caso especifico que aconteceu no Oceano Pacifico, na região nordeste do Japão,o fenômeno foi provocado por um forte terremoto que alcançou uma magnitude de 8,9 graus na escala Ritcher, formando ondas de até 10 metros de altura.

Os continentes estão em movimento continuo que se apóiam em placas tectônicas, que como balsas da crosta terrestre se colidem e se afastam, navegando sobre o material mais mole que fica abaixo. Para melhor compreensão as placas tectônicas são como uma casca de um ovo quebrada em varias partes. Embora tenha fluidez, o deslocamento das placas provoca atrito acumulando energia, gerando falhas geológicas. Embora apareça simples mais antes que aconteça a falha, que são de vários tipos, é necessários que a energia vença a resistência e a estrutura das rochas. No momento que a energia vence haverá uma acomodação das placas, liberando energia na forma sísmica causando o terremoto e a formação de falhas.

O tsumani acontece porque o choque entre as placas provoca um tremor de terra no fundo do mar provocando o aparecimento de várias ondas. Pode-se observar isto utilizando um recipiente cheio de água, uma bacia, por exemplo, e desse uma batida no seu fundo. Quanto mais intensa for a batida maior será o numero de onda e com menor comprimento de onda. Esta relação é importante pois quanto menor o comprimento de onda mais rápida esta onda se descola, chegando a uma velocidade de 800 km/h, não tendo uma rápida atenuação. A medida que essas ondas se propagam e encontram obstáculos, como a depressão do terreno nos continentes, ela se somará, aumentando a amplitude formando ondas gigantes, invadindo a superfície. Por isso que um sinal visível da chegada de um tsunami é o esvaziamento muito rápido do mar na costa dos continentes.

No Brasil a ocorrência de terremotos de magnitudes consideralveis são raros, como toda costa leste da América, costa oeste Africana e Europa.

Para que um Tsumani desta magnitude atingisse a Ilha de São Luís o tremor ou outro fator que o gerasse deveria acontecer no Oceano Atlântico ou golfo do México.


Prof. Dr. Antonio José Silva Oliveira é Doutor em Física Atômica e Molecular,do Departamento de Física, e vice-reitor da UFMA

Fonte:www.ufma.br

12 de março de 2011

Do Editorial do Vermelho: 'Brasil, sétima maior economia do mundo'

A notícia divulgada dia 3 pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, segundo a qual o PIB brasileiro cresceu 7,5% em 2010, levando o Brasil ao patamar de sétima maior economia mundial (ultrapassando, pelo critério do poder de compra da moeda, a França e a Inglaterra), merece ser comemorada e convida à reflexão sobre seu significado.

Ela acentua, por exemplo, o grave erro das políticas neoliberais recessivas: o Brasil já havia alcançado esse patamar na década de 1990 mas, sob a nefasta politica econômica de Fernando Henrique Cardoso, caiu acentuadamente até voltar a ser a 12º economia mundial em 2002, último ano do presidente neoliberal. A herança negativa de FHC teve reflexos ainda nos primeiros anos do governo Lula, que precisou enfrentar o amontoado de mazelas que herdou e colocar a casa em ordem para o Brasil voltar a crescer, o que ocorreu a partir de 2005, acelerando no segundo mandato, retomando a via que levou ao PIB de 2010, de 3,7 trilhões de reais (ou US$ 2,1 trilhões).

Isto é: se o governo não agir contra o Brasil cresce; e se o governo ajudar, como ocorreu com o desenvolvimentismo que voltou com Lula, cresce a ritmo acelerado. O Brasil recuperou-se, ganhou musculatura que permitiu o enfrentamento da crise econômica mundial e, agora, a conquista desse novo patamar econômico mundial. O que permitiu esse feito foi a volta do investimento (a formação bruta de capital fixo cresceu, um índice que mede o investimento, bateu em 21,8% em 2010), e o aumento do consumo das famílias (que foi de 7%, a maior alta desde que esse dado começou a ser registrado, em 1996) e do governo (3,3%).

Nesse ritmo, as previsões são otimistas, dizendo que o Brasil será a quinta maior economia mundial entre 2015 e 2018 e a quarta em 2050, atrás apenas da China (1ª), dos EUA (2ª) e da Índia (3ª).

Mas o crescimento de 2010 poderia ter sido mais exuberante – este foi o tom das notas divulgadas pela CUT e pela Força Sindical comemorando o crescimento, mas alertando contra o freio que a alta taxa básica de juros representa para o crescimento.

Há outro ponto que precisa ser considerado quando se examina o crescimento alcançado pelo Brasil e o tamanho de sua economia – o país se fortalece mas há ainda um caminho a percorrer na conquista da plena soberania nacional. É preciso destacar, nesse sentido, a persistência da dependência econômica, num mundo onde a globalização neoliberal impôs o descontrole dos fluxos de capitais, gerando fragilidades que ainda precisam ser recuperadas. O crescimento da remessa de lucros de investimentos estrangeiros é uma medida dessa dependência; só no primeiro semestre de 2010 ela foi de US$ 14,967 bilhões!

O progresso econômico do país não altera, entretanto, substancialmente o quadro de drásticos contrastes sociais. O Brasil ainda é uma das sociedades mais iníquas do mundo, pois o modelo econômico ainda é concentrador e excludente das amplas massas trabalhadoras e populares, beneficia um punhado de burgueses e financistas.

Os brasileiros precisam e merecem comemorar os ganhos econômicos que se traduzem em valorização do trabalho e da renda e em melhoria na qualidade de vida. Mas precisam estar atentos, também, para a qualidade desse crescimento e sua sustentabilidade no futuro e aumentar a luta por justiça social. Neste ponto, a superação da dependência, das injustiças sociais e a conquista e consolidação da autonomia são fundamentais.

Fonte: www.vermelho.org.br