26 de junho de 2009

Do vermelho:"Renato Rabelo afasta-se por 20 dias da presidência do PCdoB

Reunido nesta quinta-feira (25) na sede nacional do PCdoB em São Paulo, o Secretariado do Partido emitiu nota em que comunica à imprensa a licença médica de 20 dias do seu presidente, Renato Rabelo. Neste período, assume a presidência o atual prefeito de Olinda (PE), Renildo Calheiros.
Comunicado à Imprensa
A partir do próximo dia 30 de junho, o presidente do Partido Comunista do Brasil, José Renato Rabelo, estará em licença médica por 20 dias.
Neste período, o vice-presidente do PCdoB – Renildo Calheiros – responderá interinamente pela presidência.
Renildo Calheiros é geólogo de formação e ingressou no PCdoB em 1979. Foi eleito vice-presidente nacional no XI Congresso do PCdoB, em 23 de outubro de 2005.
Renildo atualmente exerce o cargo de prefeito da cidade de Olinda, em Pernambuco.

Secretariado Nacional do PCdoBSão Paulo, 25 de junho de 2009

Do Blog do Almir Bruno: Lima Coelho entrevista Flávio Dino

No quadro intitulado "VANGUARDA MARANHENSE" o Blog de Almir Bruno conseguiu reunir duas expressões de grande credibilidade: o jornalista LIMA COELHO entrevista com exclusividade o Dep. Federal FLÁVIO DINO, num encontro marcado por muita emoção.

Lima Coelho:Quem é Flávio Dino?
Flávio Dino:Tenho 41 anos, nasci em São Luís, sou casado, pai de dois filhos. Adoro ser maranhense e brasileiro, sou socialista e cristão. Gosto de trabalhar, de ler jornais e livros, de aprender sempre, de ver futebol na TV. Desde os 15 anos sou militante político: movimento estudantil, PT, advocacia para sindicatos, campanha de Lula, presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais, PCdoB. A luta por Justiça é a minha causa, é o que me move. Estou em um momento de muito entusiasmo com a vida. Agradeço a Deus todos os dias. Amo viver e colocar a minha vida a serviço de outras vidas, acredito ser essa a minha missão.

Lima Coelho:A partir do momento que você abraçou definitivamente a política partidária, foi surpresa a forma como o público o recebeu com a eleição a Deputado Federal?

Flávio Dino:Quando optei por deixar a magistratura depois de 12 anos havia um risco embutido, algo imponderável, imprevisível. A primeira inquietação era como a sociedade iria receber alguém deixar uma carreira cobiçada, bem vista, para disputar uma eleição; se isso não seria recebido como um gesto imprudente e insensato. A segunda dúvida era como conseguir se inserir no meio político, pelo fato de não ter exercido nenhum mandato. Embora tivesse uma experiência política desde muito jovem, jamais tinha sido candidato.Foram muitas variáveis e seis meses de muita angústia pessoal, sofrimento, pois não era uma decisão simples, havia desafios pessoais e familiares, mas tenho muita serenidade em afirmar que fiz o correto.

Lima Coelho:A sua atuação como político foi determinante para que fosse candidato á prefeito de São Luís?

Flávio Dino:A candidatura a prefeito de São Luís não foi planejada, eu pessoalmente tinha muita resistência à idéia. Ela foi se desenhando a partir de algumas críticas em relação ao modo como a transição almejada por todos estava se verificando. Não enxergávamos nos grupos dominantes da política local (o grupo Sarney de um lado e a Frente de Libertação do outro) condições de conduzir um real projeto de renovação, e a minha candidatura partiu da leitura deste cenário; não foi algo posto em 2006, ou seja, não fui candidato a Deputado Federal para almejar a prefeitura. Imaginava exercer os quatro anos de mandato.Essa decisão também foi acertada, porque fizemos uma campanha muito bonita, talvez o maior desafio pessoal que enfrentei na vida, pois exigia uma costura política com outras forças e romper o bloqueio que estava erguido pela lógica do “mais do mesmo”. Então havia muita desconfiança da viabilidade. Quando iniciamos, éramos poucos andando nas ruas, enfrentávamos inclusive a barreira do desconhecimento, já que era Deputado Federal no primeiro mandato e parte da população não conhecia o meu desempenho parlamentar. Mas a campanha cresceu e confirmou que a leitura que fizemos do cenário estava correta, o descontentamento da população era grande com os rumos da política do nosso Estado, e minha candidatura acabou crescendo. Isso foi fundamental para explicar porque uma candidatura que começou com 4% conseguiu, na minha perspectiva, vencer.

Lima Coelho:Você continua tendo essa visão, uma vez que a frente de libertação se reuniu na Assembléia Legislativa e você não esteve presente?

Flávio Dino:É importante lembrar que não fizemos parte da Frente de Libertação originalmente construída.Em 2006 já tínhamos uma leitura crítica em relação a certas pessoas que se auto-intitulavam ANTI-SARNEY, tanto que apoiamos no primeiro turno Edson Vidigal para o governo e Bira do Pindaré para senador na coligação PT, PSB e PCdoB. A Frente de Libertação tinha JACKSON LAGO e JOÃO CASTELO, nós só apoiamos a candidatura de JACKSON ao governo do Estado no segundo turno, pois tínhamos duas alternativas: ROSEANA ou JACKSON. Nos incorporamos à Frente de Libertação, participei da campanha de JACKSON e foi a decisão acertada naquele momento. Infelizmente o governo acabou nos frustrando do ponto de vista programático. Não tenho queixas e ressentimentos pessoais contra JACKSON, mas realmente o governo não caminhou por onde esperávamos. Na campanha de prefeito repetimos que o Jackson foi eleito para fazer a transição para o futuro, mas infelizmente as opções eleitorais que adotou, inclusive em São Luís, e o modo como administrou o Estado, representaram a transição para o passado.Somos contra a reedição da Frente de Libertação, nos mesmos moldes, do mesmo jeito. O que é fundamental para nós nesse instante é discutir programa e direção política. Não temos veto pessoal de nenhuma natureza, agora não concordamos com a recomposição nas mesmas bases daquilo que infelizmente deu errado.

Lima Coelho:Você perdeu a Prefeitura para um político que se diz experiente, e como administrador público foi governador do Estado, que avaliação você faz dos quatro meses de gestão de João Castelo?

Flávio Dino:Não tem administração e não tem trabalho, é difícil avaliar o que não existe.Até agora a Prefeitura, nada fez, não tem nenhuma iniciativa expressiva. Dizemos isso com tranqüilidade, tomando com base o nosso programa político. Temos a visão clara de que qualquer administração municipal comprometida com o desenvolvimento e com a qualidade de vida do povo tem como tarefas fundamentais: democratização do poder, do saber e da renda. Até agora, João Castelo não lidera nenhum projeto voltado a essas tarefas: a participação popular, políticas públicas eficientes, inclusão digital, melhoria da qualidade das escolas, do Índice de Educação Básica (IDEB), dos serviços de saúde. Esse é o cerne, o núcleo da nossa crítica, que se baseia no programa que consideramos correto. O que é mais grave, é que também do ponto de vista do programa dele, nada foi feito. As promessas de campanha estão sem nenhuma iniciativa concreta, palpável, no sentido de realizá-las, por isso que afirmo que é uma gestão que não começou, já que não executa nem mesmo o programa que ele se comprometeu a fazer.Cito como exemplo o fornecimento de uniformes escolares para as crianças das escolas municipais. Ele acabou por vetar um projeto aprovado pela Câmara de São Luís de autoria do Vereador J. Pinto, alegando inconstitucionalidade que não havia. Ele deveria sancionar e implementar, porque era compromisso central de sua campanha, e acabou frustrando o povo, além de outras promessas ainda não cumpridas, como o Bom Preço e o Hospital do Angelim.Lima Coelho:Poderia ser um projeto para a consagração popular e afirmar a sua gestão?Flávio Dino:Como cidadão de São Luís que ama a nossa cidade e tem compromisso com ela, eu espero sinceramente que João Castelo comece a governar, fazendo o básico pelo menos. Ele foi eleito para governar e nós fomos eleitos para fazer oposição. Essa é a grande colaboração que a oposição dá em uma democracia: cobrar e fiscalizar. Temos feito isso, embora ele, alguns de seus auxiliares e aliados políticos, sempre reajam mal, vendo isso como uma espécie de usurpação da vontade popular, e não se trata disso, nós temos nossa legitimidade pela votação que obtivemos.
Lima Coelho:Recentemente o governador Jackson foi cassado, a abordagem que gostaria de fazer nesse instante, é sobre a sua visão sobre a influência ainda do grupo Sarney na política do estado, pesa mais o fato da família estar comandando a política, o estado do maranhão, por mais de 40 anos?

Flávio Dino:O governador Jackson foi cassado por muitos motivos.Eu como então aliado fiz o possível para evitar, inclusive sendo advogado de Jackson durante algum tempo, e procurava, na dupla condição de advogado e aliado político, alertar o governo e seus auxiliares mais próximos de que a principal questão que havia a ser enfrentada era o desgaste da administração estadual, na medida em que o governo equivocadamente se recusava a atender demandas de vários setores fundamentais, como os professores, os policiais. Isso gerava desgaste na base social, era uma espécie de lenha que aquecia o forno da cassação. Por diversas ocasiões coloquei isso, mas infelizmente o núcleo de comando do governo tinha outra visão, e esse desacerto foi determinante. Isso tudo infelizmente levou à perda da oportunidade histórica aberta com a derrota do Grupo Sarney em 2006, após anos de luta.

Lima Coelho:No campo municipal você está aquecendo a fogueira tentando ainda a cassação do prefeito João Castelo?

Flávio Dino:Quem aquece a fogueira é ele próprio.Recorrendo ao Judiciário, temos feito o que a lei nos permite, o que, aliás, vários outros atores da política maranhense já fizeram em algum momento, como o próprio Jackson em 2002 quando Zé Reinaldo venceu as eleições. Recentemente partidos que apoiaram Jackson entraram com processo contra Roseana. Então é algo inerente à democracia que se um lado se considera prejudicado pelo descumprimento da lei eleitoral busque o Poder Judiciário.Nos baseamos em inquéritos e procedimentos feitos pela Polícia Federal, inclusive com prisões em flagrante de pessoas que estavam comprando votos para Castelo, prédios públicos servindo de comitês de campanha, doações ilegais e uma série de atos que nos levaram a ingressar com a ação na Justiça.

Lima Coelho:Você aparece no Blog do Almir Bruno como um dos favoritos ao governo do estado do maranhão, e tem se notado certo clamor pelo seu nome em várias camadas sociais. Como você vê isso?

Flávio Dino:Para ser Governador do Estado, é preciso que haja uma oportunidade definida coletivamente, não é um gesto voluntarista. Eu acompanho a enquete no blog do Almir Bruno, além de outras, e evidentemente me alegra, acho interessante, é uma espécie de reconhecimento do trabalho como parlamentar, juiz, advogado, candidato a prefeito, professor, isso me entusiasma, anima, mas não me sobe à cabeça, tenho os pés no chão. Se fosse hoje, eu seria candidato à reeleição de Deputado Federal, mas não sei para onde irão as forças políticas. No PCdoB isso tem uma implicação nacional, já que o objetivo principal da legenda em 2010 é a eleição de deputados, então esse é o nosso compromisso e teria de ser decidido nacionalmente . Depende de como vai se proceder ao debate interno do PT que tem excelentes nomes e grandes lideranças. Depende também do direcionamento do PSB, que é uma força política aliada nacionalmente e compõe o governo Lula, e dos demais partidos que apoiaram a minha candidatura a prefeito no 2º turno de São Luís.Se houver uma convergência desses partidos, do movimento social, sindicatos, igrejas, e demais entidades populares no sentido da minha candidatura, eu não fugirei da tarefa, porque política para mim não é profissão. Eu inclusive exerço duas profissões, professor e advogado para não desaprender (risos), porque a pior coisa para mim seria virar “político profissional”. Eu gosto muito de ser Deputado Federal. Talvez por influência familiar do meu pai que foi Deputado Estadual, e no golpe militar de 64 foi cassado injustamente, foi preso arbitrariamente, perdeu seus direitos políticos e deixou de ser Deputado Federal em 1965. Portanto, eu gosto do que faço por uma série de fatores pessoais e políticos, agora não me recusarei a ser candidato ao Governo se for esse o sentimento geral, e retomarei com prazer a onda vermelha, desta vez no Estado inteiro.

Lima Coelho:Você tem sido citado como uma das maiores lideranças políticas que surgiram nos últimos tempos no maranhão, já que falou no nome de Bira do Pindaré que teve uma votação expressiva aqui na Capital, você acha que uma chapa com Flávio e Bira daria para fazer frente com esse grupo que está tanto tempo no poder?

Flávio Dino:Apoiei a candidatura de Bira em 2006 a senador porque achávamos que o PCdoB teria de ser coerente com a visão que possuímos de renovação. Conheço ele há mais de 20 anos, desde o movimento estudantil na UFMA, fui advogado do Sindicato dos Bancários quando ele era sindicalista, fiz o prefácio do livro que ele publicou, ele foi meu aluno no curso de Direito na UFMA, um excelente aluno por sinal . Temos vários pontos de afinidade, tenho um relacionamento muito bom com ele, de muita confiança. Se for esse o projeto, vai ser uma honra fazer campanha com ele, com os demais companheiros do PT e dos outros partidos aliados.

Lima Coelho:Que mensagem você deixa não só aos eleitores de Flávio Dino, mas aos eleitores do maranhão que estão ávidos por mudanças no cenário político?

Flávio Dino:Três palavras sintetizam uma mensagem adequada para o momento: a primeira é esperança; as coisas podem ser diferentes. A segunda é justiça, que é o sentimento que deve nos mover sempre, a partir inclusive da indignação com as muitas injustiças. A terceira é de otimismo; procuro exercitar a máxima filosófica de Gramsci: pessimismo na teoria e otimismo na prática. O “pessimismo” no sentido de você desconfiar sempre, ter um senso crítico aguçado, enxergar o mundo sempre com olhar inquiridor, interrogando, um olhar inquieto. Mas ao mesmo tempo otimismo na prática, pois é possível transformarmos o mundo, é possível termos uma sociedade justa, é possível termos uma sociedade de homens e mulheres livres e iguais que realizem seus sonhos. Mesmo que leve certo tempo, pois quantos vieram antes de nós e quantos irão vir depois? É preciso ter esse senso histórico. Eu procuro fazer a minha parte com o máximo de dedicação, de qualidade que eu consiga imprimir à ação política, e não pode ser diferente porque o povo merece, precisa disso. Acredito que o propósito de qualquer dirigente político de esquerda é fazer com que essa perspectiva consiga se materializar no Maranhão: ideais republicanos, participação popular, cumprimento da lei, que não haja perseguição, que o dinheiro público não seja roubado, que haja políticas sociais inclusivas, são coisas simples e ao mesmo tempo complexas porque ainda estão distantes. Mas acredito que em 2010 vamos dar grandes passos para nos aproximarmos da concretização desse sonho em nosso Estado. Agradeço de coração as muitas manifestações de carinho que recebo todos os dias.
Muito Obrigado.

25 de junho de 2009

Júlio Pinheiro destaca-se à frente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Maranhão - SINPROESEMMA

Meu amigo desde a época de Movimento Estudantil na Universidade Federal do Maranhão, ele no curso de História e eu no Curso de Comunicação Social, Júlio Pinheiro tem se destacado à frente da luta em defesa dos trabalhadores em educação pública do estado.
Eleito presidente do maior sindicato de trabalhadores do estado em fevereiro último, Júlio Pinheiro teve como primeira prova o início da Campanha Salarial dos educadores do maranhão em 2009.
Velho conhecido das lutas tá tirando de letra a 'tarefa'.


Do Blog do Décio Sá: "Exército tinha campos de execução de guerrilheiros

Por Leonencio Nossa (O Estado de S. Paulo)
São Paulo - O regime militar repetiu, ao longo de 1974, nas matas do Araguaia, o método usado décadas antes pelos franquistas na Galícia para eliminar guerrilheiros republicanos presos. Após a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), os vencedores utilizaram o verbo “passear” ao se referirem à “libertação” de presos e à transferência deles das celas para campos afastados das cidades, onde eram fuzilados e deixados em valetas às margens de rios e estradas. No Sul do Pará, os militares brasileiros optaram por dar ao verbo “fugir” um novo significado - execução sumária.
Um dos locais de “fuga” de guerrilheiros presos fica no município de Brejo Grande do Araguaia, no Sul do Pará. Pelo menos oito foram mortos numa área conhecida por Clareira do Cabo Rosa. É o que revela o manuscrito Relatório de Prisioneiros, cedido ao Estado pelo agente da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura. O documento, posterior à guerrilha, indica que morreram no local Antonio Ferreira Pinto, o Alfaiate, em 28 de abril de 1974, Luiz Renê Silveira e Silva, o Duda, em março de 1974, e Uirassu de Assis Batista, o Valdir, em 28 de abril de 1974. Todos passaram por interrogatório na base de Marabá.
A escolha do local de execuções teve um caráter simbólico: naquela área o cabo Odílio Cruz Rosa foi morto pelo grupo do guerrilheiro Osvaldo Orlando Costa, o Osvaldão, em 1972. A guerrilha teria feito ameaças a quem resgatasse o corpo. O Exército, então, mandou um grupo especial de 36 boinas pretas, comandado pelo general Thaumaturgo Sotero Vaz, para buscar o cadáver, que só foi recuperado dez dias depois da morte do militar.
A área aberta na selva por mateiros, para o pouso de helicópteros na operação de resgate do corpo, passou a ser utilizada na terceira campanha como campo de execução.
Após os interrogatórios na Casa Azul, base militar em Marabá, prisioneiros foram levados de helicóptero para lá. Alguns, percorriam um trecho de mata até serem mortos. Outros tombavam ao redor da clareira. Os militares costumavam dizer aos presos que o deslocamento tinha por finalidade o reconhecimento de áreas utilizadas pela guerrilha.
As informações sobre os campos de execuções foram confirmadas ao Estado por Curió e por dois mateiros ligados a ele. A Clareira do Cabo Rosa é citada quatro vezes como local de “fuga” - termo usado pelos militares para designar uma execução de guerrilheiro - no Relatório de Prisioneiros. O documento ainda faz referências a outros locais de fuzilamento: um trecho não identificado da antiga estrada PA-70, que liga Marabá a Conceição do Araguaia, e à região do Saranzal - onde está a Clareira do Cabo Rosa. Também consta como local de execução a própria base militar de Marabá, a Casa Azul, onde morreu José de Lima Piauhy Dourado, o Ivo, em 1º de novembro de 1973.
Em entrevistas ao Estado, Curió aponta ainda o sítio de Manezinho das Duas, na localidade de Somi Homi, em Palestina do Pará, como quarto local de execuções. O guerrilheiro Pedro Pereira de Souza, o Pedro Carretel, um dos mais atuantes no movimento armado, foi um dos executados nesse sítio - ele morreu no dia 6 de janeiro de 1974, segundo o Relatório dos Prisioneiros.
Passados 35 anos, tempo suficiente para a formação de uma mata secundária e transformações de terreno, a informação sobre a Clareira do Cabo Rosa não responde a perguntas de parentes dos guerrilheiros sobre a localização de seus restos mortais. Representantes da área de direitos humanos ouvidos pelo Estado disseram que é preciso impedir que os campos de execução, que há 35 anos guardam a memória dos guerrilheiros, virem cenário de espetáculo midiático e show político.

Arraial do PCdoB na brisa de São Marcos é hoje(25)

Acontece hoje, quinta-feira (25), a partir das 18h, na sede do Diretório Municipal do Partido Comunista do Brasil, PCdoB, Avenida Beira-Mar, o arraial que vai reunir comunistas maranhenses e o povo da cidade.
Segundo Márcio Jerry, Presidente do Partido na Capital, "será um momento de integração ao som das mais belas toadas."
Todos lá.

24 de junho de 2009

Dr. Fernando Lima: “Castelo incha a Folha em mais de 7 milhões para não dar aumento a servidores municipais.”


Mesmo com a folha de pagamento do Município beirando os 30 mil servidores entre efetivos e prestadores de serviços, o prefeito da capital, o tucano João Castelo (PSDB), enviou na terça feira à Câmara três Projetos de Lei na forma de Mensagens (110, 111 e 112) cujos conteúdos versavam exclusivamente sobre a criação de mais Cargos Comissionados com salários cujos valores superarão a cifra dos 7 milhões de reais, inchando ainda mais a Folha do Município.
O PL 110/2009 tratou da criação, dentro estrutura administrativa da Secretaria Municipal Extraordinária de Projetos Especiais, da chamada Assessoria Técnica do Prefeito (ASTEP). Nela serão acomodados 45 novos CCs, com vencimentos que variam de R$2.030,00 a R$12.500,00. Incluem-se aqui, 32 Assessores Técnicos do Prefeito com salários da ordem de R$9.000,00. A nova Secretaria sairá de um orçamento de R$1.072.408,74 para incríveis R$5.500.744,86, um acréscimo de exatos R$4.428.336,12.
No PL 111/2009, o prefeito solicita à Câmara a criação de uma Comissão Permanente de Prestação de Contas da Prefeitura de São Luís, a CPPC. Trata-se na verdade da velha Comissão Municipal de Licitação, que foi desarticulada pelo atual prefeito para assumir agora novo formato e atribuições. Na CPPC serão agregados mais 13 servidores em Comissão com polpudos contracheques que variam entre R$1.950,00 a 12.500,00. O volume atual de recursos repassados é de R$817.214,19. Com os acréscimos propostos pelo prefeito o novo valor será de R$1.473.461,19, um salto de R$676.247,52.
Já o Projeto de Lei 112/2009 é o mais intrigante de todos. O prefeito João Castelo solicita a criação de 54 cargos comissionados na Secretaria Municipal de Governo cujo Secretário é Othelino Neto. Os salários são generosos e variam entre R$900,00 a R$12.500,00. A Secretaria saltou de 116 para 170 Cargos Comissionados somente em 2009. De acordo com a mensagem aprovada na Câmara os números apontam para um aumento do repasse à Secretaria de atuais R$3.761.554,68 para astronômicos R$5.865.448,68, um acréscimo de R$2.103.894,00.
O líder da bancada do PCdoB, Fernando Lima, denunciou manobras tucanas para garantir a aprovação das mensagens. Lima foi enfático: “Os gastos apresentados nas mensagens que o prefeito João Castelo propõe apenas servirão para inchar ainda mais o já combalido orçamento público municipal.” Fernando Lima destacou também que as mensagens em nada acrescentam em termos de investimentos em áreas sociais muito menos melhorarão a parte administrativa da prefeitura.
Além de votar contra os projetos do executivo o parlamentar comunista criticou duramente aprovação das mensagens do prefeito que, somadas, gerarão um gasto de R$7.208.291,83 ao cofres públicos. Ao mesmo tempo o executivo não aprovou aumento real linear ao conjunto dos servidores públicos municipais. “Isso deveria ser curioso, mas é apenas uma constatação do prefeito Castelo. Ele não deu aumento de 6%. Fez, sim, a recomposição salarial de perdas inflacionárias do último ano. Isso é uma vergonha. Na verdade o servidor não ganhou nada.”
Fernando Lima falou ainda que “desta forma as coisas ficam muito claras. O prefeito pede aos vereadores para aprovar medidas que aumentam os gastos públicos em mais de R$7 milhões de reais e não dá aumento real para os servidores do município. O prefeito diz que a prefeitura não tem dinheiro e cria uma mega-estrutura de cargos comissionados, com salários altíssimos. Fernando Lima concluiu dizendo que “não há uma justificativa técnica real para isso, pois, na estrutura atual da prefeitura já existem recursos humanos para isso.”

18 de junho de 2009

Seminário debate democratização da mídia no Brasil


O portal Vermelho, com apoio do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo e da Fundação Maurício Grabois, realizará nos dias 27 e 28 de junho o seminário "Propostas concretas para a democratização dos meios de comunicação". A iniciativa visa contribuir na preparação da Conferência Nacional de Comunicação, marcada para dezembro, e que será precedida das etapas municipais e estaduais entre os meses de julho-outubro. O objetivo é envolver mais pessoas neste processo de mobilização e contribuir na elaboração das propostas dos movimentos sociais. O Jornal dos Engenheiros publicou a seguinte matéria sobre o seminário:O desafio da conferência nacional de comunicaçãoApós intensa pressão dos movimentos sociais, o presidente Lula finalmente convocou a primeira Conferência Nacional de Comunicação. Foi preciso dobrar a resistência dos barões da mídia, que manipulam corações e mentes de milhões de brasileiros, possuem expressiva e ativa bancada de senadores e deputados e estão infiltrados no próprio Palácio do Planalto, através do ministro das Comunicações – ou melhor, ministro da TV Globo –, Hélio Costa. A conferência está marcada para os dias 1, 2 e 3 de dezembro e será precedida pelas etapas municipais e estaduais, a partir de julho. Será a primeira oportunidade na história do país para a sociedade debater o papel da mídia.Do ponto de vista do sindicalismo, não há dúvidas de que a mídia existente no país não serve à democracia e nem à luta dos trabalhadores. Ele vive desinformando a população, criminalizando os movimentos sociais e atacando os direitos trabalhistas. Qualquer ação sindical é tratada como “bagunça”, como fator de “caos no trânsito”. As leis trabalhistas são encaradas como privilégios; a previdência social é apontada como “gastança”; os sindicatos são rotulados de “corporativos e atrasados”. A mídia hegemônica serve aos interesses do grande capital. Atualmente, ela ocupa o papel do “partido da direita”, atacando as lutas sociais e os governos minimamente progressistas.Diante deste quadro, a Conferência Nacional de Comunicação ganha enorme importância. Além de diagnosticar seu papel nefasto à sociedade, esta será a oportunidade para apresentar propostas concretas para a democratização da mídia. Medidas como a do fortalecimento da rede pública, a da revisão dos critérios de concessão às empresas privadas, a do incentivo às rádios comunitários e aos veículos alternativos ou a do estímulo à inclusão digital estarão na pauta desta conferência. A ditadura midiática, que fez de tudo para evitar a conferência, agora tentará evitar as mudanças mais profundas neste setor. Não dá para vacilar nesta batalha de caráter estratégico.Com este visão, o Portal Vermelho, com o apoio do Sindicato dos Engenheiros e da Fundação Maurício Grabois, realizará nos dias 27 e 28 de junho o seminário “Propostas concretas para a democratização da comunicação”. O evento terá a presença dos mais renomados especialistas no tema. Além de discutir as medidas para o enfrentamento da ditadura midiática, ele abordará as experiências recentes em outros países do continente, que também padecem do mesmo mal. O objetivo do seminário é ajudar na construção de uma plataforma de propostas que sirvam para municiar os ativistas dos movimentos sociais nas conferências municipais, estadual e nacional.A programação do evento é a seguinte: Seminário: “Propostas concretas para a democratização da comunicação”Dias 27 e 28 de junho.Local: Auditório do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo.(Rua Genebra, centro, ao lado da Câmara Municipal da capital paulista)Dia 27 de junho (sábado), às 9 horas.“O papel da mídia na atualidade”- Venício de Lima – professor da UNB e autor do livro “Mídia: crise política e poder no Brasil”;- Marcos Dantas – professor da PUC/RJ e autor do livro “Agenda democrática para as comunicações”;- Altamiro Borges – diretor do Portal Vermelho e autor do livro “A ditadura da mídia”;Dia 27 de junho (sábado), às 14 horas.“As mudanças legais na América Latina” - Beto Almeida – integrante do comitê diretivo da Telesur;- João Brant – integrante da comissão de auditória da radiodifusão do Equador e do Intervozes;- Celso Augusto Schröder – presidente da Federação dos Jornalistas da América Latina e da FNDC;Dia 28 de junho (domingo), às 9 horas.“As propostas dos poderes Executivo e Legislativo”- Tereza Cruvinel – presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC); (*)- Luiza Erundina – deputada federal do PSB/SP;- Cida Diogo – deputada federal do PT/RJ; (*)- Manoela D’Ávila – deputada federal do PCdoB;Dia 28 de junho (domingo), às 14 horas.“As propostas dos movimentos sociais brasileiros”- Lucia Stumpf – presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE);- Rachel Moreno – pesquisadora do Observatório da Mulher;- Bia Barbosa – Coletivo Intervozes;- Sérgio Murilo – presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj);(*) Nomes ainda não confirmados;- Vagas limitadas;- Prazo para inscrições: 22 de junho;- Taxa de inscrição: R$ 50,00- Promoção: Portal Vermelho;- Apoio:- Sindicato dos Engenheiros de São Paulo;- Fundação Maurício Grabois;As inscrições devem ser feitas diretamente no baner do sítio do Vermelho - www.vermelho.org.br

Metalúrgicos de São Luís param ALUMAR

Os Trabalhadores metalúrgicos de São Luís paralisaram as atividades da multinacional do alumínio ALUMAR. A 'parada' ocorreu entre as 07h e 09h da manhã de hoje (18).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Luís, Joel Nascimento, a categoria reivindica reajuste salarial de 8%.
Joel diz ainda que a parada hoje é pacífica, ordeira e democrática. "Cumprimos todos os requisitos exigidos pela Lei e paramos em defesa dos nossos direitos".
Mais informações serão postadas daqui a pouco.

12 de junho de 2009

Vereador Fernando Lima cobra implantação de "sub-prefeituras" em São Luis


O vereador Fernando Lima(PCdoB) cobrou durante audiência na Câmara Municipal a implantação das sub-prefeituras em São Luís. Autor do requerimento para realização da audiência, Fernando Lima criticou a ausência do prefeito João Castelo no evento e manifestou sua frustração com a inércia da Prefeitura. "“Sinceramente, não me sinto satisfeito. Esperava que fosse apresentado a esta Casa, após quase 06 meses de gestão, o cronograma bem como os critérios para o início da implantação do projeto das sub-prefeituras", declarou.
Fernando Lima lembrou o compromisso do deputado federal Flávio Dino(PCdoB) em democratizar a gestão pública caso fosse eleito prefeito da capital e reiterou suas críticas a João Castelo por não "manifestar nenhum interesse" em conduzir a gestão nessa direção.
Fernando também questionou a capacidade administrativa dos tucanos na cidade: “Na campanha os partidos e coligações apresentaram propostas. Esperava que o PSDB tivesse realmente projeto para a cidade e não, depois de eleito, construir esse projeto com o carro andando. Não foi isso que foi apresentado na campanha.”.
Para o vereador comunista, a "descentralização da prefeitura, via subprefeituras,é uma realidade nas principais cidades do País e uma tendência irreversível no que diz respeito à administração pública nos municípios brasileiros”, disse o vereador.
O parlamentar comunista disse ainda que o cidadão é mais importante que tudo e as políticas públicas serão julgadas por esse mesmo cidadão que vota e é votado. “Como cidadão estou cansado de ser enganado. Uns fazem propostas enganadoras e outros verdadeiras. A implantação imediata das subprefeituras pelo Executivo local é na verdade a afirmação da necessidade de se ter políticas públicas reais, voltadas para o interesse público e o bem de todos. Essa é a forma real de democratizarmos o poder, o saber e a riqueza na nossa cidade. Se não caminharmos para isso seremos sempre envolvidos por propostas enganadoras.”, concluiu Dr. Fernando Lima.
Durante a audiência, lideranças comunitárias também cobraram a prefeitura. A líder comunitária da Zona Rural, D. Raimunda Belford, por exempo, disse que “as comunidades da Zona Rural estão há três meses discutindo a proposta e querem uma atitude do prefeito".
Presente ao evento, o Controlador Geral do Municípo, Albertino Leal de Barros, admitiu que a Prefeitura não tem proposta para descentralizar a gestão. "O prefeito não tem proposta para ser apresentada", declarou.

4 de junho de 2009

Fórum de Oposição a João Castelo realiza encontro


Acabo de receber convite das direções municipais do PCdoB e do PT em São Luís para mais um encontro do Fórum de Oposição a João Castelo no Município. O evento acontecerá nesta sexta, dia 05, a partir das 16 horas, no auditório do Grand Hotel São Luís (antigo Vila Rica, centro).
No Fórum os oposicionistas identificam as prioridades reais da cidade e confrontam-nas com o que faz ou deixa de fazer o atual prefeito de São Luís.
O Fórum dá consequência às deliberações do seminário sobre o governo municipal de São Luís, realizado em 18 de maio último.
Ainda de acordo com o seminário, o Fórum de Oposição deverá se reunir mensalmente. Até a próxima reunião serão instituídos grupos de trabalho e realizadas outras reuniões para tratar de temas específicos.
A pauta desta primeira reunião é:
1. Indicações de temas prioritários e formas de abordagem
2. Exposição sobre transporte e sistema viário(exposição inicial será feita pelo professor Gustavo Marques;
3. Exposição sobre “Projetos Especiais” em São Luís(exposição inicial será feita por Milton Campelo).
Na foto, registro da plenária no último encontro.

A coleção de hot wheels do João Victor

Estes são João Victor Porto Ramalho, 5 anos, e Bruno Porto Ramalho, 5 meses.
E essa é a coleção de carrinhos hot wheels do João que chega a 120 unidades.


São Luís: vereadores do PCdoB condenam cortes de recursos para infância e juventude

Os vereadores Dr. Fernando Lima e Rose Sales, ambos do PCdoB, condenaram ontem durante audiência pública na Câmara de São Luís o corte de 40% feito pelo prefeito João Castelo(PSDB) no orçamento municipal para as políticas públicas de atendimento a crianças e adolescentes. A audiência pública foi convocada pelo presidente da Comissão de Infância, Adolescência e Juventude, vereador Vieira Lima (PPS) atendendo a uma solicitação do Promotor da Infância e Juventude, Márcio Thadeu.
O corte de 40% foi também duramente criticado pelos representantes do Ministério Público e dirigentes dos conselhos de direitos e tutelares que compareceram ao evento. A Coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, Procuradora de Justiça Themis Pacheco, deu o tom dos debates ao dizer que achava “impressionante notar que o poder público municipal tem recursos para financiar o carnaval e agremiações esportivas, mas não há recursos para serem investidos na área da infância e da juventude”.
O descaso do prefeito João Castelo com a infância e a juventude já foi denunciada pelos Conselhos Tutelares de São Luís,que chegaram a paralisar as atividades em protesto.
Dr. Fernando Lima e Rose Sales asseguraram que irão mobilizar os demais vereadores para impedir o corte de recursos. “O orçamento mostra o perfil do governo e o que se vê neste caso é uma grave distorção nas prioridades que devem ser adotadas”, discursou Fernando Lima. Na mesma linha, Rose Sales convocou as entidades e o próprio Ministério Público a fazerem pressão para que o corte de recursos seja derrubado na Câmara. “Não aceitaremos jamais que se penalize o atendimento às nossas crianças e adolescentes”, garantiu.

2 de junho de 2009

Dr. Fernando Lima é elogiado pela postura séria


O Vereador Dr. Fernando Lima (PCdoB), demonstra ter o perfil do verdadeiro político. Sua movimentação dentro e fora do Plenário do Palácio Pedro Neiva de Santana tem recebido elogios de amplos setores da sociedade inclusive de seus colegas vereadores.
Elogios como os do vereador Francisco Viana (PSDB), Chico Carvalho (PSL), Vieira Lima (PPS), Rose Sales (PCdoB), Ivaldo Rodrigues (PDT), Albino Soeiro (PMDB) e outros, reconhecendo a maneira respeitável e sempre embasada do parlamentar comunista de encarar os problemas e os desafios da cidade
Líder do PCdoB na Câmara, Médico cardiologista competente, Dr. Fernando Lima é respeitado por sua postura sempre séria e também responsável diante dos interesses da cidade de São Luís e de seus moradores.
Aqui ele aparece em pronunciamento na audiência pública realizada na Câmara que tratou da prioridade orçamentária para a criança e o adolescente no município de São Luís.