1 de novembro de 2011
Aldo Rebelo é o novo Ministro do Esporte do Brasil
A presidente Dilma repetiu o ex-presidente Lula e, usando termos próprios do futebol, disse que, com a posse do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, nesta segunda-feira (31), “colocamos a bola no chão, reiniciamos o jogo e vamos para o ataque, por um Brasil mais justo e mais desenvolvido. Essa será a vitória de todos nós”.
O ex-ministro Orlando Silva fez um discurso de agradecimento e o novo ministro afirmou “que é honra e responsabilidade servir ao povo brasileiro, ao Brasil e ao governo”.
Segundo a Presidente Dilma, o novo ministro tem plenas condições de dar continuidade às políticas do ministério.
A presidente da República fez elogios ao ministro que sai, ao que entra e ao PCdoB, partido de ambos. Ela iniciou sua fala destacando que não estava nos planos do governo promover essa mudança, mas que quando conduzida a situações inesperadas, enfrenta, “com tristeza, mas sempre com coragem e determinação”.
“Foi o que fizemos nesse caso, sem abrir mão de construir o caminho que escolhemos”. E citou versos do cantor Martinho da Vila, filiado ao PCdoB, que, segundo ela, se ajusta a esse momento: “Deixo o mundo me rumar para onde eu quero ir”, destacando que “movidos por nossos princípios e nossas crenças e não para onde querem nos levar”.
Ela disse ainda que “as pessoas podem nos deixar, mas as políticas e linhas de ação terão que ser preservadas”. E, com o novo ministro Aldo Rebelo e o PCdoB, quer ver a continuidade do “trabalho excepcional” de Orlando Silva.
Trabalho excepcional
A presidente Dilma atribui ao ex-ministro “um excepcional trabalho, do qual sou testemunha como ministra e agora como presidente da República, de inclusão social e ampliação de oportunidades através do esporte”. Disse ainda que ele “não perde meu respeito e desejo sucesso na sua cruzada pela verdade”.
Fez elogio ao PCdoB, dizendo que preserva o apoio que considera “fundamental”. Disse que nos últimos nove anos, o PCdoB foi “parceiro leal e relevante no projeto de desenvolvimento baseado na democracia, na afirmação soberana do Brasil e crescimento com distribuição de renda e inclusão social”.
Em seguida, elogiou o novo colaborador. “Experiente, qualificado, sério, líder reconhecido, homem de estado e defensor corajoso de opiniões fortes dos interesses nacionais”, foi como a Presidente Dilma definiu Aldo Rebelo.
Segundo ela, “(o novo ministro) tem plenas condições de dar continuidade às políticas do ministério e estabelecer, desde logo, relações claras com entes envolvidos na preparação da Copa do Mundo e Jogos Olímpicos (...) e negociar, em busca de soluções em que todos ganhem, principalmente e especialmente o Brasil e o povo brasileiro, sem que a ninguém seja imposto abdicar de princípios e direitos legais em vigor no Pais”.
História, futebol e pilhérias
Em meio a referências históricas e futebolísticas, o novo ministro falou sobre a importância do esporte, principalmente o futebol, para o sentimento de “pertencimento” dos brasileiros ao seu país.
O novo ministro disse que o grande desafio à frente do Ministério do Esporte se torna menor pelo que já foi feito pelo antecessor, tanto na ampliação dos programas sociais como o Segundo Tempo, como na conquista dos grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. E disse também que precisará da ajuda do governo, de outros ministros, de dirigentes esportivos e até da imprensa para realizar seu trabalho.
Aldo Rebelo incluiu também em sua fala uma série de curiosidades e tiradas humorísticas. Ele destacou a importância do futebol para o mundo, recordando que a Fifa tem mais filiados do que a ONU (Organização das Nações Unidas).
O ministro lembrou que a dia de sua posse coincide com a data proposta por ele, em projeto de lei, de transformar o dia 31 de outubro em Dia do Saci, para se contrapor ao norte-americano Halloween. Torcedor do Palmeiras, ele celebrou a decisão da abertura da Copa do Mundo no estádio do Corinthias, para recusar o pedido do prefeito de Viçosa (AL), sua cidade natal, para sediar a abertura.
Aldo Rebelo incluiu, em seu discurso, a defesa de Orlando Silva e do seu Partido. Disse que Orlando Silva, mais que inocente, é vítima das consequências da luta social e da luta de ideias. Também defendeu o Partido, dizendo que não está acima das críticas e procura corrigir as deformidades, mas “esse Partido constitui a herança sublime, não só do Brasil, mas da humanidade pela continuidade de luta pela igualdade e pela liberdade”.
“Eu sou inocente”
O ex-ministro Orlando Silva fez um discurso de agradecimento, começando pela presidente Dilma Rousseff até a mãe, mulher e filha, presentes ao evento. Disse que sai do ministério com o orgulho de poder olhar nos olhos de cada um e dizer “Eu sou inocente”. A fala produziu aplausos do público, que ficou de pé, calando o ministro por alguns minutos.
Nos seus agradecimentos, o ex-ministro incluiu o ex-presidente Lula, que, como a presidente Dilma, lhe deu oportunidade de participar do trabalho na área, quando conquistou grandes avanços nos programas sociais e desenvolvimento do esporte no Brasil e na realização de grandes eventos como a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Agradeceu também à sua equipe que, segundo ele, “é pequena, mas muito aguerrida na busca dos objetivos traçados no planejamento de trabalho”. E agradeceu ainda ao seu Partido – o PCdoB, quando incluiu elogios ao novo ministro Aldo Rebelo: “Um homem público de grande envergadura”, acrescentando que “um dos maiores orgulhos que tenho é de fazer parte da mesma tradição do Partido de Aldo Rebelo”.
Transmissão de cargo
Na transmissão de cargo, na sede do Ministério do Esporte, após a cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, discursou. Em resposta aos elogios, agradecimentos e homenagens dirigidas a ele, o presidente do Partido fez um elogio a Orlando Silva, a quem definiu como “destemido e orgulho do nosso Partido”.
Ele disse à equipe do ministério que acompanhou a solenidade que o PCdoB é um Partido de princípios e ideias, programas e projetos. Tem uma aliança de longa data com o presidente Lula, fazendo um levantamento da participação da legenda nos governos Lula e Dilma, porque existe uma identidade de políticas e rumos. Ao mesmo tempo, explicou que “cabe ao ministro considerar a política definida pelo governo, o PCdoB não interfere nas ações do ministro”.
De Brasília
Márcia Xavier
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