27 de outubro de 2008

Um poema de amor e chuva


Poema reverberado

Não sei como dizer
Mas a chuva chegou
E pesadamente
C
a
i
Como uma cortina na noite
Descortinarei meu pulso
E com ele falarei mais alto
Às torrenciais noites de águas turvas
Condensadas em saudades de amor
Na necessidade de ser um só
Diluirei-me
Com a boca, a língua, o corpo
Versos de uma mesma racionalidade
Sim
E como no poema
Reverberarei sistemáticas de tempo.

Marden Ramalho
03 de Março de 2002

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