
Da sensibilidade humana
Viver, quem não vive?
Operário padrão, Jovem insurrecto,
Intelectual atento, Proletário comprimido.
Quantos se comprimem por encostas abastadas
Ou pouco favorecidas?
Todos querem viver melhor com ‘sus ninos y ermanos’?
Mas, quantos terão que morrer ainda para darmos forma a toda a vida?
Aos nossos sentidos de liberdade?
Quantos trocariam vidas improdutivas
Por vida feita a partir da produção de sensibilidades sonhos?
Há respostas para tudo.

A resposta está na leitura da poesia atenta
Embaladas pelas lutas do passado e do presente.
Já com saudades de m futuro que dialeticamente está aí.
Para isso,
Vive-se a necessidade epopéica do real
Imenso,
Onde os poetas espantam a mediocridade dos patetas
E se libertam na busca inquieta do fractal imperfeito
Uma vida que não seja subordinada ao que não é real.
Firme naquilo que se pode viver sempre.
Vivificado,
Tornando-se parte do intenso cotidiano das coisas sensíveis.
Necessárias,
Contra os filhos da anti-modernidade fria:
Para viver a vida que constrói sonhos novos

Não como em fantasias ou contos místicos,
Ou ainda um sonhar onde bruxas e gnomos
Transformam-se em rarefeitas frases ‘punks’
Pichadas em paredes de carências sociais inestimadas.
Rompa-se então, todos os limites da universalidade humana,
Como lava de vulcão,
Incendiária,
Impávida ao descer a ladeira da imensidão histórica
Povoada em todo sentimento vivo reafirmação,
Sempre,
Das mais amplas liberdades democráticas.
Marden Ramalho
1998
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