17 de maio de 2009

DEu no Vermelho: "CPI da Petrobras é manobra tucana antipatriótica e irresponsável, diz Lula"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente os senadores do PSDB que quebraram um acordo firmado no Senado e leram nesta sexta-feira (15) o requerimento para criar a CPI da Petrobras. Segundo Lula, a criação da CPI é um gesto irresponsável. ''Acho estranho que partidos que governaram o país por oito anos tomem uma decisão irresponsável como essa. Parece briga de adolescente. Não há explicação lógica para essa CPI.''
''O governo não se intromete na atuação do Congresso Nacional, respeita a autonomia do Congresso, mas essa é uma CPI que não é do Congresso. É muito mais do PSDB'', disse ele hoje na Base Aérea de Brasília antes de embarcar para a Arábia Saudita.
O presidente atrelou a criação da CPI à crise econômica internacional e afirmou que era pouco patriótico fazer esse tipo de investigação no atual cenário. ''Num momento de crise internacional, levantar uma CPI contra a Petrobras é ser pouco patriota, pouco responsável pelo país.''
O presidente afirmou que não acredita na existência de irregularidades na Petrobras que precisem ser investigadas. ''O país não pode viver uma eterna CPI porque há outros meios de investigação.''
O presidente chamou de ''irresponsável'' a criação dessa CPI. ''Acho estranho que partidos que governaram o país por oito anos tomem uma decisão irresponsável como essa. Parece briga de adolescente. Não há explicação lógica para essa CPI.''
Lula dirigiu suas críticas diretamente aos senadores do PSDB e disse que os governadores tucanos não compactuam com a articulação da CPI da Petrobras. ''Isso é interesse de algumas pessoas que estão a um ano e meio de perder o mandato e não sabem se vão ser reeleitos [na eleição de 2010]. Não acredito que [a CPI] seja de interesse dos governadores, possíveis candidatos do PSDB.''
Ele ainda recomendou que a oposição se mantenha calma se quiser voltar a ganhar eleição. ''Assim [nervoso] ninguém ganha eleição. Perdi três eleições nervoso. Quando fiquei calmo, ganhei.''
Lula isentou a base aliada do governo pela criação da CPI da Petrobras. ''Não tem cochilo do governo'', disse ele.
Dilma: empresa íntegra
A ministra Dilma Roussef (Casa Civil) reafirmou as críticas do presidente ao dizer, nesta sexta-feira, que não vê necessidade para instalação da CPI da Petrobras no Congresso Nacional, uma vez que a empresa tem um rigoroso controle sobre seus recursos financeiros. Dilma disse acreditar que os futuros candidatos do PSDB à Presidência da República não querem ''desestabilizar o país'' com a proposta da criação da CPI.
Para demonstrar a inutilidade da CPI, Dilma falou sobre sobre as qualidades da empresa. ''A Petrobras tem ações na bolsa de Nova York, e é considerada uma empresa íntegra'', disse. ''Temos um quadro de uma empresa que é um dos maiores patrimônios do país, é considerada a segunda grande empresa com capital em bolsa.''
Ainda de acordo com ela, qualquer CPI contra ela seria uma decisão ''superficial. ''O país tem a maior reserva de petróleo e por isso não se pode tomar decisões ''superficiais'' sobre a Petrobras.''
Quebra de acordo com aval do PMDB
A CPI foi instalada por meia dúzia de senadores tucanos à revelia de um acordo que havia sido firmado entre governo e oposição para que se esperasse até que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, prestasse esclarecimentos no plenário da Casa. Mas aproveitando-se do baixo movimento de hoje no Congresso, o vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO) atendeu o pedido da oposição e autorizou a leitura do requerimento que pede uma investigação para apurar possíveis irregularidades constatadas pela Polícia Federal na empresa.
A quebra do acordo contou com a autorização do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o que deixa no ar a suspeita de que um setor do PMDB está interessado na CPI para fazer barganha política com o governo. ''O presidente Sarney me telefonou dizendo que era regimental a leitura do requerimento'', disse Perillo.
Os 32 senadores que integram o requerimento de instalação da CPI têm até a meia noite de hoje para retirar as assinaturas. Na prática, a leitura do requerimento já representa a criação a CPI. Mas se as assinaturas forem retiradas e não houver um mínimo de 27 nomes a favor da investigação, a CPI é desinstalada.
Durante a sessão, também foram criadas outras duas CPI para apurar denúncias na área de Educação e a Amazônia (demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol).
A disputa pela instalação da CPI da Petrobras provocou ontem um mal-estar. Líderes tucanos bateram boca e trocaram ofensas nesta quinta-feira com o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que se recusou a fazer a leitura do requerimento de instalação da CPI no plenário do Senado.
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), segunda-vice presidente do Senado, foi chamada às pressas para encerrar a sessão plenária --o que irritou os tucanos. Tasso Jereissati (PSDB-CE), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Sérgio Guerra (PSDB-PE) subiram à tribuna do Senado e deram prosseguimento à sessão mesmo com ela encerrada.
Heráclito reagiu às críticas e disse que o PSDB não tinha poderes para cobrar a instalação da CPI uma vez que não participou da reunião em que foi fechado o acordo para sua suspensão. ''Se eu fizesse a leitura, quebraria um acordo que são as decisões tomadas pelo colégio de líderes. É tradição na Casa respeitar as decisões'', afirmou o democrata.
Da redação,com agências

2 comentários:

cidluis disse...

2vai tomar no cú patife filha da puta, tu tá na lotagem da SECOM canalha

marden disse...

cid, valeu pela participação.
mas,não seja mal educado.
sou apenas um trabalhador da comunicação. estou lá pelo trabalho. profissional, portanto.
abraço.