10 de novembro de 2008

Poesia da Teoria do Caos


Périplo

Há uma ordem na poesia
Mas há também desordem
Na tendência do caos
Poeta forja palavra peão
Constrói idéia no tempo da vida
Um dia
Definindo estéticas nacionais
Poeta conduziu a caneta
Por fios que atam existências
Na continuidade:
Incompletude
Na linguagem experienciada:
pocessos criativos
Sou obra
Sou sujeito na história
Não sou sozinho
Totalizo-me em tudo
Relações imorredouras
Liberdade?
Enfrentamento das coisas do mundo
Leis da ciência do caos
Reveladoras de desordenada ordem
Fincadas na tensividade relacional da matéria
E na estorvante harmonia dos sentimentos opostos
O homem não é só no mundo
O homem pode até estar só
Criar com justeza o poema
Embrenhando-se na sóbria concretude das coisas
Artista resiste aos exércitos da morte pós-moderna,
Agride a matéria,
Pari o instante adelgaçado por outrem,
Parte em cavalgada rítmica de percussões
Sonorizadas com toda a fractalizada poesia do caos
Na necessidade desordenada da poesia
Inacabada no mesmo tempo histórico da criação.

Marden Ramalho
Julho de 2002

Um comentário:

Anônimo disse...

Olha só que beleza ! Liberando poesia no cyber espaço, hein !!!
Há meleque !!
Bela poesia !

Saudações.