20 de novembro de 2008

Um poema para manter a alma


De criação

Do poema existo
no poema resisto
Quando estou diante de um
Não penso quando devo acabá-lo
Disso tenho certeza
Como também
De pensar a próxima palavra
E com destreza
Descortinar em humildes reverberações
Os sofisticados movimentos do poema
Palavras cruzadas na história
Definindo o valor do real no tempo
Impregnando a comoção do poeta
Que escreve sem parar
No início e
No fim da existência
E sem cessar a dor que é natural no homem
Reveste para si toda alma
Presente na inarredável construção do ser
Do poema

Marden Ramalho
Novembro de 2002

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