7 de agosto de 2009

As Farc e a campanha midiática suja da direita


A ditadura da mídia escolheu um novo tema para atentar contra a democracia na América Latina — as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O fascista governo do ex-presidente George W, Bush, notório patrocinador do terrorismo internacional, chegou ao ponto de listar os revolucionários das Farc como “terroristas”.
O grupo revolucionário, um dos alvos prediletos da campanha difamatória da direita na região ao longo da história, é associado ao crime e, por tabela, aos governos que adotaram a democracia progressista.
Com razão, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que a guerrilha colombiana Farc se tornou “o melhor instrumento” dos Estados Unidos para justificar uma mobilização militar na região.
“Que diziam os Estados Unidos para invadir o Iraque? Que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa. Onde estão? O objetivo era Saddam Hussein. Na nossa região o pretexto é a luta contra o narcotráfico”, disse Morales.
“Quero dizer algo: as pessoas que estão nas Farc são o melhor instrumento do império neste momento”, acrescentou.
O presidente boliviano confirmou que proporá na próxima cúpula do bloco regional Unasul, na próxima segunda-feira em Quito, uma resolução para rejeitar a concessão de bases militares a tropas norte-americanas na região.
“Não é possível que agora se concentrem tantos aviões, tanto aparato técnico-militar na Colômbia. Isso não é contra as Farc, não é contra o narcotráfico, é contra a região. Temos a obrigação (de rejeitá-lo), para defender a dignidade dos bolivianos e de toda a América do Sul”, afirmou.
“Pode ser que alguns presidentes (sul-americanos) não aceitem, mas estou seguro de que os povos lutarão contra o império, contra a dominação, contra a submissão e a escravidão”, acrescentou.
Outro alvo dos fascistas da mídia, o presidente da Venezuela Hugo Chávez, que vem sendo acusado de fornecer armas e receber drogas das Farc, explicou que a suja campanha da mídia não passa de politicagem e golpismo.
O presidente esclareceu que os lança-foguetes venezuelanos “apreendidos” — na verdade roubados para servir à propaganda da direita — com as Farc são inúteis e foram usados pelo governo da Colômbia para uma manobra suja contra a Venezuela.
A intenção dessa “jogada astuta, dessa punhalada pelas costas” é “chantagear”, “aplacar” o “protesto diplomático” venezuelano pela “instalação de bases militares ianques (dos Estados Unidos)” na Colômbia, o que, “sem dúvida, é uma ameaça para a Venezuela”, disse o presidente.
“E não sei como o governo da Suécia cai nesta manobra”, afirmou.
Chávez se referia ao pedido de explicações sobre como as armas vendidas pela Suécia à Venezuela na década de 80 foram parar nas mãos das Farc.
O presidente mostrou vários lança-foguetes do Exército nacional, novos e usados, explicou seu funcionamento e os comparou com as fotos dos dispositivos que as forças militares colombianas dizem ter “apreendido” com as Farc.
Chávez também mostrou um relatório militar colombiano “datado de 29 de outubro” de 2008 e entregue pelo chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, ao ministro das Relações Exteriores venezuelano, Nicolás Maduro, em “2 de junho”.
O documento indica que os “três mísseis antitanque” devem ser destruído por ter um “sistema de segurança instável”.
Ele disse que quando o governo venezuelano “reivindica diplomaticamente” o assunto, “a resposta da Colômbia é, em vez de esclarecer, (de dizer) ‘vamos conversar’”, anunciar que “Uribe não vai” à reunião da União de Nações Sul-americanas (Unasul), prevista para 10 de agosto em Quito.
O presidente expressou dúvidas sobre a veracidade da afirmação colombiana de que os lança-foguetes foram realmente “apreendidos” com as Farc.
“Vocês acham que é por acaso que esta informação sai da Colômbia precisamente uns dias depois de nós termos começado a levantar a voz contra a instalação das bases ianques em território colombiano?”, indagou.
“Estamos preocupados com estas bases porque elas poderiam ser o início de uma guerra na América do Sul. Estamos falando dos ianques, a nação mais agressiva na história”, disse.
O presidente venezuelano também anunciou que planeja comprar tanques de guerra russos para aumentar as defesas da Venezuela.
Outro alvo da campanha midiática fascista da direita é o presidente do Equador, Rafael Correa.
A Promotoria do país informou que obteve cópias de seis páginas de um documento atribuído ao ex-líder das Farc, conhecido como “Raúl Reyes”.
O texto, de acordo com um comunicado do Ministério Público, foi entregue pelo ex-secretário anticorrupção e ex-chefe de segurança do Estado José Luis Cortázar, que recebeu as fotocópias em janeiro das mãos de um “informante”.
Como prova de que mãos norte-americanas aparecem por trás dessa campanha fascista há as várias entrevistas do assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general Jim Jones — inclusive para a mídia torpe brasileira — dizendo que os Estados Unidos não recuarão da negociação com o governo da Colômbia para a utilização de sete bases militares colombianas.
Jones mente ao dizer que as bases são “um negócio como outro qualquer”, em um esforço para evitar que o governo brasileiro apóie a verdade e endureça a condenação à presença nefasta do militarismo norte-americano na região.
O governo do presidente Lui\ Inácio Lula da Silva deixou claro que não quer tropas norte-americanas na América do Sul e reiterou que pretende convencer o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, a não assinar o acordo com os EUA.
Outra prova de que a mídia fascista está a serviço dessa causa da direita é uma “reportagem” da revista colombiana Cambio, da mesma laia da mídia torpe brasileira, dizendo que a relação entre o governo Chávez e as Farc não se limitam aos dados encontrados no super-computador do líder morto Raúl Reyes.
A revista fascista aponta o general venezuelano Hugo Armando Carvajal, do serviço secreto venezuelano, como o responsável pela entrega das armas e de ter ligações com operações feitas pelo narcotráfico.
A “reportagem” diz que teve acesso a “dados” do governo norte-americano afirmando que o governo da Venezuela teria emprestado US$ 250 milhões aos traficantes.
Mas faz como a mídia suja brasileira — não houve o outro lado e não apresenta provas das afirmações.
Fonte:http://www.outroladodanoticia.com.br

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