9 de novembro de 2010

Barbárie no Maranhão: troca de tiro, rebeliões, cabeças cortadas, assassinatos marcam o dia a dia do estado. Sociedade pede socorro.


















Foto:Gilson Teixeira/ASCOM/SSP, no Blog do jornalista itevaldo jr.


É negativa a repercussão dos episódios de violência que ocorrem neste momento em São Luís e no estado do Maranhão. A ‘olhos’ distantes, o Maranhão é terra sem lei há muito tempo. E terra onde a lei não impera torna-se ambiente ideal para que o crime realize seus ‘empreendimentos’.

Não cabe aqui uma visão do tipo apocalíptica, mas uma exclamação é necessária: há algo errado aqui.

Ou não?

É verdade que a violência está aí, independente do que vêm nossos olhos. Mas é pior quando se dá o ato violento e tal ato é mostrado na televisão, no rádio, na internet, nos jornais. Parece que a comoção torna-se não apenas maior, mas ao mesmo tempo, mais intensa. O pânico toma conta das pessoas e se transforma em terror para a sociedade.

Na penitenciária neste exato momento em que escrevo estas linhas a Força Nacional troca tiros no interior da penitenciária de pedrinhas. Na madrugada, pelo menos dez presos foram assassinados, numa parte chamada de ‘fundão’ que fica dentro do complexo penitenciário. E não apenas isso. Foram mortos com requintes de crueldade pelos próprios detentos amotinados. Não se sabe ao certo, mas deve haver pelo menos mais seis corpos no interior da cadeia, talvez até com cabeças cortadas, degoladas, cortes profundos e outras crueldades desumanas.

Na verdade: barbárie!!!!!!



Os números não negam e agravam-se no dia a dia. Já são 12 assassinados pela pistolagem, 62 homicídios em São Luís, 34 mil ocorrências policiais no Maranhão, o Relator da CPI do Sistema Carcerário da Câmara Federal, diz: “Isso aí é uma carnificina.”

No Domingo, um delegado trocou tiro com índios amotinados às margens da MA-222. Teve o dedo decepado e levou um balaço no peito, mas está fora de perigo. O delegado conseguiu acertar outros cinco índios.

As ruas de São Luís e de outras tantas cidades do interior do estado padecem com a chaga da violência. Nem dentro dos presídios tem-se garantias de segurança.

Isso sem falar de assaltos a bancos, extorsão, seqüestros relâmpagos, roubos, corrupção, tráfico, são crimes que comumente tomam de conta do noticiário. E nós, cidadãos, estamos aqui, indefesos, a mercê de situações graves e humilhantes como esta.

Isso é comum? Bom, comum ninguém já não duvida mais que seja. Mas a pergunta que não quer calar não é essa, e sim a seguinte: até quando a sociedade aguentará calada?

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