20 de novembro de 2010
Tarde de sábado com poesia exposta
Foto:Marden Ramalho 2010
Da sensibilidade
Viver, quem não vive?
Operário padrão, Jovem insurrecto,
Intelectual atento, Proletário comprimido.
Quantos se comprimem por encostas abastadas
Ou pouco favorecidas?
Todos querem viver melhor com ‘sus ninos y ermanos’?
Mas, quantos terão que morrer ainda para darmos forma a toda a vida?
Aos nossos sentidos de liberdade?
Quantos trocariam vidas improdutivas
Por vida feita a partir da produção de sensibilidades?
Há respostas para tudo,
Pois há perguntas para tudo.
Respostas que podem estar na leitura da poesia atenta
Embaladas pelas lutas do passado e do presente.
Já com saudades de um futuro que dialeticamente está aí.
Vivo!
Para isso,
Vivo a necessidade epopéica das coisas do mundo
E do mundo das coisas.
Imenso,
Olho ali,
Logo ali,
Onde os poetas espantam a mediocridade dos patetas
E libertam na busca inquieta do fractal imperfeito
Uma vida que não seja subordinada ao que não é real.
Firme naquilo que se pode viver sempre.
Vivificado,
Tornando-se parte do intenso cotidiano das coisas sensíveis.
Necessárias,
Contra os filhos da anti-modernidade fria,
Para viver a vida que constrói sonhos novos
Transformadores,
Não como em fantasias ou contos místicos,
Ou ainda um sonhar onde bruxas e gnomos
Transformam-se em rarefeitas frases ‘punks’ ou ‘trotskistas’
Pichadas em paredes de carências inestimáveis.
Rompam-se então, todos os limites humanos,
Como lava de vulcão,
Na primeira era universal,
Incendiária,
Impávida ao descer a ladeira da imensidão histórica,
Povoando todo sentimento vivo,
Reafirmando,
Sempre,
As mais amplas liberdades democráticas.
Do Homem
Marden Ramalho
1998
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Um comentário:
belo poema, meu querido mnarden.
aliás tenho visto alguns seus.
vc deveria publicá-los.
pense nisso.
tem futuro.
abração
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