5 de dezembro de 2011

Carlos Lupi pede demissão do Ministério do Trabalho

Carlos Lupi entregou sua carta de demissão, renunciando ao cargo de ministro do Trabalho. A decisão foi anunciada agora há pouco através de uma nota na página do ministério. A publicação aconteceu logo após Lupi se encontrar com a presidente da República, Dilma Rousseff. No texto, ele alega sofrer perseguição política e pessoal da mídia, sem direito de defesa e sem provas. Lupi conversou com Dilma na noite de domingo e antecipou-se da decisão que poderia ser tomada por ela.Com a renúncia, Lupi se antecipou à decisão da presidente, que convocou para esta segunda-feira reunião da coordenação política para tratar especificamente do caso e poderia dizer que a sua situação estava insustentável. Alvo de um bombardeio intenso da mídia desde a renúncia do ministro do esporte, Orlando Silva, no final de outubro, o quadro político do ministro filiado ao PDT se agravou quando a Comissão de Ética da Presidência da República recomendou sua demissão. Além disso, um jornal paulista publicou reportagem comprovando que Lupi acumulou no passado ilegalmente cargos de assessor da liderança do PDT na Câmara dos Deputados e no gabinete de um vereador do seu partido na capital carioca. Leia a íntegra da nota oficial: Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República – que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa -- decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável. Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo não contagie outros setores do Governo. Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados, reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador e o bom empregador, entre outras realizações. Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence. Carlos Lupi - Ministro do Trabalho e Emprego De Brasília, Kerison Lopes

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