22 de março de 2012

Trabalhadores em Educação de São Luís acusam o Prefeito e o Presidente da Câmara de Vereadores de omissão para resolver os problemas da educação

São Luís continua assistindo estarrecida ao show de incompetência e irresponsabilidade dos poderes municipais. Prefeitura e Câmara Municipal de São Luís estariam envolvidas em um cipoal de interesses cujos desfechos tem sido traumáticos para a população mais enfraquecida.

O escândalo da educação municipal é emblemático. Cerca de 130 mil crianças estão sem aula até o momento. Os trabalhadores em educação do Município estão em greve. Mas as aulas não iniciaram, acreditem, não em função da greve, mas sim da brilhante ideia do prefeito em assinar contrato para 'iniciar' reforma das escolas agora em Março e suspendeu o início do ano letivo.


As famílias estão apreensivas, pois não tem alternativa.

Sem atender as reivindicações dos trabalhadores desde 2010 quando assumiu o cargo, Castelo é taxado de enganador pela categoria em função do não cumprimento do acordo sobre as promoções feito com os trabalhadores em 2010. Logo após a assinatura do acordo a prefeitura por meio da sua Procuradoria, ajuizou, na surdina, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal questionando exatamente a constitucionalidade do direito às promoções dos trabalhadores. Uma canalhice só, dizem os trabalhadores.


No episódio de otem na Câmara, o Presidente da Câmara Municipal, Izaías Pereirinha, em mais um arroubo de poder, tentou passar a impressão de que a Câmara tem procurado acompanhar e dar apoio para resolver o problema da educação e outros tantos problemas que atingem a atual gestão na capital do estado. Mas ao invés de buscar o diálogo, Pereirinha ameaçou os trabalhadores em “não realizar nenhuma audiência pública em 2012 para discutir problemas na área sindical.” Um abuso, claro.

A desconfiança foi tamanha que os trabalhadores não resistiram e botaram a boca no trombone ao denunciarem a omissão do Poder Legislativo em recebê-los e cumprir seu papel constiotuional. O resultado foi que aquilo que era pra ter sido uma audiência pública para discutir exatamente a questão da educação tornou-se um palco de denuncias contra o que seria um conluio entre o poder executivo e o poder legislativo para desmoralizar e esvaziar o movimento dos educadores.



A presidente do SINDEDUCAÇÃO, Lindalva Batista, denuncia a irresponsabilidade do vereador Ivaldo Rodrigues, vice-líder do executivo municipal pela forma desrespeitosa com que tem tratado os professores e professoras do município, acusando-o de estar ausente na audiência e ter contribuído para a reação dos trabalhadores que entenderam ser mais uma das manobras manetas do vereador tucano-pedetista.

Ainda segundo Lindalva, sobre a reforma e início do ano letivo ela diz enfática: “Fomos lá (na SEMED) buscar informações, mas a SEMED está totalmente perdida. Ninguém sabe de nada sobre reforma de escolas ou início do ano letivo. E pra fechar o prefeito não diz nada, não fala nada.”

É grave. Muito grave tudo isso.

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