A vitória de Washington Oliveira, atual vice-governador do estado, na primeira etapa das prévias do PT no domingo último (25), consolida sua posição como pré-candidato do partido para a eleição de 2012.
Ao mesmo tempo escancara não apenas a hegemonia do grupo ‘oliveiriano’ no partido, mas também a evidência de uma divisão interna na agremiação da Presidenta Dilma incapaz de ser revertida. As feridas são muitas e profundas.
Desde o início, e agora de fato o é, todos sabiam que qualquer um que tivesse ‘ganho’ a primeira etapa da prévia, não levaria o partido por inteiro para frente de batalha. Ou alguém aí duvida que 124 (1035) delegados contra 96 (808) não seja um dado que mostra essa divisão e expõe as fraturas do enfraquecimento do partido?
Os companheiros do PT costumam vociferar aos quatro cantos do mundo que a existência de tendências e correntes políticas dentro do partido são o que fortalece a ‘democracia interna petista’.
Uma futilidade sem tamanho, já que é exatamente o contrário que se vê. Na prática, a divisão em tendências é que expõe o PT a situações como a que está passando atualmente, optando por ter que buscar a sombra do PMDB maranhense para servir de base de sustentação política para um partido cujas bases são bases populares e movimentos sociais.
Visivelmente enfraquecido em função exatamente dessas divisões internas o PT parte em busca de novos e estranhos aliados para tentar dar um gás em um PT que se esvaziou e perdeu espaços importantes na sociedade maranhense.
Pra justificar essa tática os ‘neoroseanistas’ do PT tentam criar um ambiente em que existiria uma orientação nacional para a busca dessa ‘alternativa’, ou seja, o mesmo projeto adotado pela direção nacional seria aplicado, transpassado aqui para o Maranhão. Um absurdo lógico, já que não é ideia extraída da realidade concreta das cosias, mas de empirismos analíticos de natureza estéril de um partido dividido e que busca sobrevida política.
Pra completar, dizem que o projeto que fortaleceu a presença petista dentro da coalizão ampla e diversificada em nível nacional, deve se fortalecer também aqui no estado e criar novas perspectivas de desenvolvimento econômico e social. Outro absurdo lógico na medida em que a impossibilidade criativa do atual grupo hegemônico do estado o empurra para um fim político de forma lacônica.
A tese de que a saída política para o estado é ter o PMDB e o núcleo do grupo político do Senador Sarney como principal aliado não passa de um engodo e que tem prazo de validade.
Os próprios militantes petistas reconhecem e alardeiam que a candidatura de Washington não teria partido propriamente de uma decisão tática do PT, ou mais especificamente do grupo de Oliveira, mas sim, de um consenso entre os senadores José Sarney, Edson Lobão, João Alberto, Ricardo Murad, Luís Fernando e a própria Roseana.
Atiraram no escuro e deu certo. O PT ‘oliveiriano’ comprou a ideia e vai pagar pra ver.
Mesmo que o preço seja a desmoralização política. Tudo por simples arroubo de poder.
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