Governo quer aumentar jornada de trabalho para os trabalhadores em educação. SINPROESEMMA é contra

A jornada de trabalho de novos professores na rede estadual de educação foi mais um ponto de discussão no texto do Estatuto do Educador. Em reunião realizada nesta segunda-feira, 14, com diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), o governo do Estado propôs carga horária de 24 horas para os novos professores concursados e assumiu o compromisso de enviar a proposta do Estatuto à Assembleia Legislativa até o dia 28 deste mês.

De acordo com a proposta do governo, a atual carga horária de 20 horas será mantida no texto do Estatuto, no entanto, será criada a nova carga horária de 24 horas para os novos concursados. A direção do Sinproesemma vai discutir a proposta, mas o presidente do sindicato, Júlio Pinheiro, adianta que não dá mais para adiar o envio do Estatuto para votação no Legislativo: “Foram tantos prazos, que não dá mais para aceitar novos adiamentos”. Antes de ser enviada à Assembleia, a proposta será discutida em uma rodada final de negociação prevista para a próxima semana.

Concurso Público


Questionado pela direção do sindicato, o secretário de Educação anunciou novamente a pretensão do governo de realizar concurso público para professores e adiantou que serão abertas três mil vagas, com a possibilidade de convocar mais 50% do total de vagas ofertadas. Porém, o secretário não definiu a data do concurso, somente uma previsão de realizar o certame até o final deste ano.

CET - Em relação ao pagamento da Condição Especial de Trabalho (CET), os técnicos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) alegam que a burocracia da Casa Civil está comprometendo a celeridade necessária para pagar os valores atrasados dos professores, mas prometeram que o pagamento será efetuado até esta sexta-feira, dia 18.

Gratificação dos funcionários de escola


O Sinproesemma propôs gratificações que chegam a 85% aos funcionários de escolas que passaram por qualificação profissional do Pró-funcionário. Porém, o governo apresentou contraproposta de conceder apenas 30% aos funcionários da rede educacional que estiverem lotados nas escolas, um percentual bem abaixo da proposta do sindicato e que deixa de fora quem trabalha nos setores administrativos da rede. “Esse é mais um item que será discutido no sindicato, porque a proposta do governo está abaixo da nossa e restringe a gratificação aos profissionais que estão nas escolas”, explica o presidente.

Participaram da reunião, além do presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, os secretários do sindicato, Júlio Guterres (Comunicação); Euges Lima (Cultura); Hildinete Rocha (Finanças) e Carlos Mafra (Funcionários), que foram recebidos pelo secretário-adjunto de Educação, Almir Coelho.

Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA