León fez esta afirmação ao ser entrevistado pelo jornalista José Vicente Rangel, em seu programa “José Vicente Hoy”, transmitido pela Televen, no qual analisou os resultados eleitorais de 7 de outubro e sua influência nas eleições regionais de 16 de dezembro.
Ao explicar os possíveis cenários políticos, disse: "Eu parto de um fato dado: o chavismo vai ganhar a maioria dos governos estaduais da Venezuela".
O analista assinalou que a oposição sabe disso e volta suas ações para o objetivo de ganhar as eleições nos estados de Zulia e Miranda, os de maior população do país. "São a joia da coroa", admitiu.
Agregou que "o êxito da oposição não se mede em termos de ganhar a maioria das eleições, mas em ganhar os símbolos fundamentais, uma simbologia que lhe dê força depois da derrota de 7 de outubro”.
Nas eleições regionais de 2008, a oposição celebrou a vitória em Zulia, Miranda, Nueva Esparta, Táchira e Carabobo, estados com grande eleitorado, o que permitiu à direita ter força política e com isso enfrentar a proposta socialista apoiada pela maioria do país.
León disse que não descarta que o triunfo, com 55% dos votos, que Chávez obteve nas presidenciais, influencie positivamente nos candidatos que concorrem pelo Polo Patriótico, por isso a oposição buscará entrincheirar-se em Miranda, onde governa o ex-candidato presidencial, Henrique Capriles, e em Zulia, dirigido por Pablo Pérez, do partido Um Novo Tempo, organização que tem sua origem na Ação Democrática (AD).
"Se a oposição perde Miranda isso terá um impacto muito forte sobre quem vier a construir a liderança oposicionista e isso será muito duro para a oposição", afirmou.
León assegurou que tanto a oposição como o governo tentarão defender seus estados "símbolos".
A oposição tentará vencer nos estados que ganhou em 2008. Já a coalizão socialista buscará a vitória nos estados de Lara e Monagas, governados por dirigentes apoiados pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Erros da oposição
O diretor do Datanálisis discorreu sobre as eleições presidenciais de 7 de outubro último. Ele considera que a oposição cometeu erros de cálculo ao acreditar que ganharia as eleições presidenciais com uma margem estreita.
"Na oposição havia a expectativa de que podia ganhar, ela se moveu no sentido de uma diferença pequena ou um empate, ou mesmo que ganharia por uma pequena margem, mas tudo isso representou um erro de cálculo", disse.
León assinalou que quando se trata de eleições é importante estabelecer a relação economia-voto para fazer verdadeiras medições.
A economia venezuelana cresceu durante o ano de 2012, a liquidez cresceu acima da inflação e isso gerou confiança nos venezuelanos, analisou.
Para o analista, todos estes elementos, agregados à grande liderança do presidente Hugo Chávez, terminaram por definir os resultados eleitorais, que lhe deram a vitória com 55% dos votos.
Agência Venezuelana de Notícias
Tradução da Redação do Vermelho
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