26 de novembro de 2013

"Nossa missão é promover a inclusão social e despertar o interesse e a valorização das letras.", diz Geraldo Castro, Secretário de Educação em São Luís

Geraldo Castro reforçou um dos compromissos da gestão do prefeito Edivaldo

A Prefeitura de São Luís, através da Secretaria de Educação (Semed), está alfabetizando 2.500 alunos, dentre os quais 1.600 na zona rural e 900 na área urbana. Nesta quinta-feira (21), o Programa Brasil Alfabetizado – de Educação de Jovens e Adultos (EJA) - iniciou mais uma etapa da formação dos alfabetizadores na capital. Na ocasião, houve a entrega simbólica de kits didáticos para subsidiar o apoio pedagógico e o suporte dos alunos, pela primeira vez em nove anos de história do programa em São Luís. O material segue a metodologia das palavras geradoras de Paulo Freire, possui 26 lições e é diferenciado com versões para o aluno, para o professor-alfabetizador e para o coordenador.

No cenário da solenidade, além de alunos, alfabetizadores e coordenadores com semblantes de orgulho pelo trabalho conjunto, houve uma decoração inusitada: os livros. “Fico extremamente feliz em ver a mesa com esse alimento, o livro, tão importante sendo consumido por vocês com a bênção que Deus nos coloca. A missão da gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior é promover a inclusão social e despertar o interesse e a valorização das letras para que tenham, a qualquer tempo da vida, melhores chances de desenvolvimento pessoal e profissional, com dignidade”, disse o secretário de Educação, Geraldo Castro.

A aluna Elza Maria Setúbal mora na Vila Itamar e tem 64 anos. Ela representou os alunos e recebeu simbolicamente o material didático das mãos do secretário Geraldo Castro. “Eu estou estudando para aprender um pouquinho. Sentia falta de aprender a ler, escrever, botar meu nome (sic), mas agora tive essa oportunidade”, relatou a senhora, satisfeita. A coordenadora Ana Cláudia Aguiar e a alfabetizadora Raimunda Santos também receberam o material didático durante a cerimônia, em representação a todos os formadores.

A alfabetizadora Ana Lúcia Araújo de Jesus conta que os alunos estão entusiasmados com a realidade de aprendizado. “Eles [os alunos] estão ansiosos. Vê-los pegar no lápis com mais destreza e a alegria nos olhos deles quando acham a letra certa para começar a escrever o próprio nome é emocionante”, narra a Ana Lúcia.

Hoje, o Brasil Alfabetizado local conta com a parceria do MEB – Movimento de Educação de base, que desenvolve as formações iniciais e continuadas e o assessoramento pedagógico, e é coordenado nacionalmente pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECADI/MEC. O programa reúne forças do governo federal e da sociedade civil para colaborar com a redução da desigualdade de oportunidades no Brasil e ampliar a democratização da educação. As aulas iniciaram no dia 4 de novembro e tem conclusão prevista para o dia 4 de junho de 2014.

Para a coordenadora estadual do MEB, Isaura Modesto, a atuação na área é gratificante. “Estamos honrados em firmar essa parceria com a Semed. Trabalhamos há 52 anos com educação de jovens e adultos e gostamos de ter em mente que é possível aprender em qualquer idade e que nunca é tarde para isso”, reiterou.

A formação inicial dos coordenadores e alfabetizadores tem duração de 40h e, todo mês, há formação continuada. Ao todo, o Programa leva de seis a oito meses para a alfabetização das turmas. Atualmente, os 2.500 alfabetizandos estão englobados em 160 turmas, na maioria noturnas, com aulas diárias de duas horas. Os alfabetizadores ganham uma bolsa benefício de R$ 400 e os coordenadores e alfabetizadores de turmas especiais, um incentivo de R$ 600.

Também estiveram presentes no evento a secretária adjunta de Educação, Kariadine Maia, a superintendente de EJA, Áurea Borges e Maristela Ferrari, assessora pedagógica do MEB. Após a entrega dos kits que irão usar ao longo dos próximos meses, os alunos foram servidos com um lanche.


PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO

O Programa Brasil Alfabetizado tem como principal objetivo a superação do analfabetismo no Brasil, universalizando o ensino fundamental de jovens a partir de 15 anos, adultos e idosos e a progressiva continuidade dos estudos em níveis mais elevados, promovendo o acesso à educação como direito de todos, em qualquer momento da vida, por meio da responsabilidade solidária entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios.

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