O PT conseguiu ampliar sua bancada no Senado para 15 representantes — seis a mais que na atual legislatura. Foram eleitos neste domingo (3) 12 senadores do partido em 12 estados do país. Já o PMDB também aumentou o número de representantes, de 17 para 19.
Somados os 54 candidatos eleitos neste domingo (3) com os 27 que têm direito a cumprir ainda quatro anos de mandato, PMDB e PT passam a ser os dois partidos com maior representação na Casa. Juntos, detêm até 36 senadores. Por conta da Lei da Ficha Limpa, o número final da bancada vai depender da análise da Justiça Eleitoral de casos de candidatos sub judice no Pará e na Paraíba.
No caso dos peemedebistas, eles dependem da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para os casos de Jader Barbalho (PA) (que pode ter sido o mais votado no estado) e do tucano Cássio Cunha Lima, na Paraíba (que também não teve os votos divulgados). Se Cunha Lima, que também pode ter sido o campeão de votos entre os paraibanos, for impugnado, Wilson Santiago (PMDB) ficaria com a vaga.
Os dois partidos de oposição (DEM e PSDB) perderam espaço. Serão, no mínimo, dez senadores a menos. O DEM elegeu dois políticos neste domingo — mas, no balanço, perdeu seis senadores na Casa. O PSDB perdeu quatro.
A oposição tem outros motivos para lamentar em relação à eleição para o Senado. As urnas eliminaram políticos importantes para PSDB e DEM dentro da Casa. De uma só vez, a oposição viu a derrota de caciques como Tasso Jereissati (PSDB-CE), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Marco Maciel (DEM-PE), Heráclito Fortes (DEM-PI), entre outros.
Além disso, contava com a eleição do ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), que terminou apenas em quarto lugar. Em compensação, a oposição garantiu a vitória do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) e de Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) em São Paulo.
O novo desenho do Senado é altamente favorável à base aliada ao governo Lula. Para o governo, fazer uma bancada forte no Senado era uma questão central na estratégia de garantir sustentabilidade para Dilma Rousseff na Casa, caso ela consiga garantir sua eleição para a Presidência.
Durante os oito anos de mandato do presidente Lula, o Senado foi justamente o centro das maiores resistências dos parlamentares ao governo federal. Foram os senadores que aplicaram a maior derrota sofrida por Lula no Congresso durante a votação que derrubou a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Da Redação, com informações do O Estado de S.Paulo
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