30 de abril de 2012

Caso Décio Sá: sete dias de dúvidas, perguntas e indagações



Hoje completa a primeira semana do bárbaro assassinato do jornalista Décio Sá. O clima é de preocupação entre os profissionais de comunicação que atuam no estado. O motivo, é claro, surge com a demora na solução do crime. Até o momento só perguntas, dúvidas e indagações.


No bar Estrela do Mar, local onde aconteceu o crime o movimento caiu consideravelmente. O garçon e a cozinheira já não são mais encontrados em suas residências, o retrato falado não pode ser concluído precisamente pela insuficiência de informações e por último o Secretário decretou o sigilo absoluto nas investigações.

Enquanto isso outros assassinatos no intervalo desses 07 últimos dias, com o mesmo modus operandis com base na pistolagem ocorrendo quase diariamente somando-se aos quase 60 casos de homicídios no mês de abril de 2012.

Mesmo com a criação de uma Comissão de Profissionais de Comunicação para acompanhar o caso, apoiada nas cobranças do Sindicato dos Jornalistas, Sindicato dos Radialistas, OAB, FENAJ, ABI, Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, da ONU, de altos figurões da politica estadual e até do Presidente do Senado Federal, José Sarney, mesmo com toda essa pressão o aparelho de segurança pública do estado não conseguiu ainda desbaratar a trama fatal.


Vale ressaltar que o Presidente do Senado, pai da Governadora Roseana Sarney, atônito com o acontecido, fez até mesmo um “desafio” aos policiais responsáveis pelas investigações no inquérito policial.


A irmã de Décio Sá cobrou explicitamente uma fala pública da Governadora do Estado. Mas até o momento, Roseana só fala por meio de Notas frias ou por meio de ventríloquos.

A Associação Brasileira de Imprensa já enviou comunicado à Presidenta Dilma e ao Ministro da Justiça, solicitando a entrada da Polícia Federal no caso.


O jornalista e blogueiro Marco Deça, amigo de Décio Sá, um dos mais acessados no estado e com opinião contundente, tem usado diariamente seu Blog para cobrar também de forma dura que o assassinato de Décio não fique impune como outros ficaram.

Especialistas em crime dessa natureza são unânimes em afirmar que quanto mais demora na solução do crime, mais diminutas são as possiblidades de encontrar os responsáveis. Eles ficam cada vez mais longe da cena do crime e também pelo simples e absoluto esfriamento dos indícios, pistas e provas que compõem os rastros do crime.

Sem informação, resta a especulação, a fantasia pura ou mesmo arroubos de opinião de alguns ‘iluminados’ que se auto intitulam especialistas em investigação criminal. Quase sempre esbarram na realidade dos fatos.


Pela cidade, espalhados Outdoors com a foto do jornalista convidando para uma caminhada amanhã, 1º de Maio, com saída prevista para as 10h, no parquinho da Litorânea A simbologia do evento será a busca da paz e o combate à violência.

A caminhada será usada ao mesmo tempo para deixar mais clara a cobrança da sociedade pela rápida solução de crimes, inclusive o de Décio, que até o momento não foram solucionados no estado, abarrotando gavetas e arquivos nos tribunais, causando desconforto e sofrimento para as famílias e aumentando a confiança dos bandidos na impunidade.

A sociedade exige das autoridades do setor de Segurança Pública do Estado a prisão dos acusados e a punição exemplar, como estabelece o estado democrático de direito.

O quanto antes é claro.

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