Poema reverberado
Não sei como dizer
Mas a chuva chegou
E pesadamente
C
a
a
i
Como uma cortina em noite de intensidades
Descortinarei meu pulso
E com ele falarei mais alto
Às torrenciais noites de águas turvas
Condensadas em saudade de amor que está por vir
Na necessidade de ser um só
Diluirei-me incessantemente
Com a boca,
A língua,
O corpo,
O verso de uma mesma racionalidade imperiosa
Como no poema
Reverberado em sistemáticas de tempo
Sublevado em apreretos sinceros de amor
Marden Ramalho
03 de Março de 2002
Nenhum comentário:
Postar um comentário