12 de abril de 2012

“Não existe risco econômico ou crise política, mas incapacidade administrativa.", diz Nota de Esclarecimento do Sindicato dos Metalúrgicos de São Luís sobre falsa crise na ALUMAR


NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Sindicato dos Metalúrgicos (Sindmetal), que representa a categoria metalúrgica de São Luís, vem a público, prestar esclarecimentos sobre as recentes notícias de fechamento da empresa Alumar:

- O presidente da Alcoa, Franklin Feder, em entrevista ao Valor Econômico, argumentou prejuízos no Brasil, principalmente em razão do alto custo de energia, que seria “a mais cara do mundo”. Em São Luís, Feder usou um pseudo-sindicalista para divulgar na imprensa o fechamento da Alumar, o que também é um boato. O presidente da Força Sindical, Frazão Oliveira, não é metalúrgico, não tem qualquer ligação com o Sindmetal e não possui legitimidade ou autorização para falar em nome da categoria;

-Os argumentos de Franklin Feder são contraditórios e já foram contestados pelo próprio diretor de RH (América Latina), Luis Burgardh, que em reunião com o Sindmetal, no último dia 4, afirmou que a empresa é um investimento saudável de grande porte, e seu fechamento seria uma “catástrofe”. Nilson Ferraz (diretor operacional da Alumar), em comunicação interna, disse que a empresa não irá fechar nem está à venda. Em entrevista nesta terça-feira (9), à rádio Jovem Pan, o diretor da usina de Itaipu, Jorge Samek, negou que a energia no Brasil seja a mais cara do mundo. “Isso não se sustenta. É uma mentira. A energia do Brasil é mais barata. Se compararmos uma conta de luz de uma residência do mesmo nível de consumo nos Estados Unidos, você vai ver que lá, é bem mais caro”, afirmou.

-O grupo Alcoa está presente em 44 países, sendo um dos líderes mundiais na produção de alumina e alumínio primário, tendo faturado em 2011 um lucro líquido de 611 milhões de dólares. No Maranhão, chegou em 1980 com promessas fabulosas de geração de emprego e receita para o Estado. A composição acionária é formada pelas empresas Alcoa, BHP Biliton, Rio Tinto Alcan e AWA.

- Em 2011, a empresa produziu 432.763,966 toneladas de alumínio, bem acima do estimado. A capacidade de produção da refinaria aumentou para 3,5 milhões toneladas/ano de alumina. O complexo expandiu nos últimos anos, contando hoje com mina própria de extração de bauxita; portos; navio; e termoelétrica, além de ações em hidrelétricas como a de Estreito, que já lhe fornece energia. Assim, caminha para a auto-suficiência com menor custo de produção.

-Foram investidos pelo BNDES bilhões na empresa, para garantia da manutenção e geração de empregos em contrapartida. No entanto, a Alumar, unilateralmente, aumentou a jornada de trabalho, enviando cartas aos trabalhadores com o slogan “Mudar para Crescer”, prometendo melhorias e garantia do emprego, o que não foi cumprido; além disso, implantou terceirização fraudulenta e paga um dos piores salários do setor.

-Nos últimos anos, de forma sistemática, a Alumar tem negado o aumento real na data-base da categoria (1º de março). Agora está criando a atmosfera de uma crise irreal, a fim de amedrontar os trabalhadores e a sociedade maranhense, na tentativa de evitar a paralisação da produção. “Não existe risco econômico ou crise política, mas incapacidade administrativa. A empresa está especulando, para diminuir ainda mais os custos de energia e mão de obra”, alerta o presidente do Sindmetal e funcionário há 25 anos na produção-Alumar, José Maria Araújo.

A DIRETORIA

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