Não deu outra. Indignados com as possíveis perdas que poderiam acarretar caso fosse aprovado como está o novo Plano Geral de Cargos e Salários dos Servidores Públicos do Maranhão – PGCSE, os Sindicatos representantes das categorias dos servidores públicos do estado protestaram de maneira dura contra a forma como foi encaminhada a discussão (?) sobre o novo PGCSE pelo Governo do estado.
De acordo com os sindicalistas o Governo usou de manobra para não garantir a efetiva participação do conjunto dos sindicatos nas discussões sobre os conteúdos do Plano.
No início da Semana os dirigentes das entidades estiveram reunidos com deputados cobrando informações sobre o Projeto de Lei número 87/2012, já em trâmite na Assembleia Legislativa. Na terça-feira (29) houve debate do tema na Sala das Comissões com a presença do Deputado Bira do Pindaré (PT/MA) e os sindicalistas. O tempo fechou e as cobranças foram feitas. Acham que da forma como está não dá sequer pra tramitar na Assembleia.
Na quarta-feira os sindicalistas voltaram a percorrer os gabinetes dos Deputados Estaduais para encontrar uma saída para o que eles consideram ser um “absurdo” a maneira como as coisas estão sendo encaminhadas pelas lideranças governistas a partir das orientações do executivo.
Após muita pressão, os sindicalistas deverão reunir-se com membros do governo e tratar a questão, sobretudo porque os sindicatos ouviram dos deputados de que estaria encerrado o prazo para Emendas ao PL 87/2012.
O professor Júlio Guterres, Presidente da CTB no Maranhão e Diretor de Comunicação do SINPROESEMMA, disse em entrevista ao Programa Educação é Notícia, na RÁDIO Educadora AM, que “o governo deve respeitar os trabalhadores e, mesmo, retirar o projeto da Assembleia e rediscutir aquilo que é questionado pelos trabalhadores.” Para Guterres, “os trabalhadores junto aos seus sindicatos devem contribuir efetivamente com a formatação do novo Plano Geral de Carreira e Cargos dos Servidores Públicos do estado do Maranhão.”
Júlio Guterres fará consulta à advogados da CTB para definir qual o melhor caminho a ser tomado. Essa é a posição da CTB e de outros sindicatos para tentar barrar mais essa insana atitude do Governo Roseana Sarney, sobretudo porque envolve aqui o destino de mais de 100 mil famílias maranhenses e garantir um plano moderno, verdadeiramente inclusivo e democraticamente debatido com os principais interessados: os trabalhadores.
Duras críticas são dirigidas ao único sindicato que defende o Plano até o momento: o enigmático, pra não dizer fantasmagórico, SINTSEP, presidido por militante do PT ‘waschintoniano’ e filiado à CUT. As lideranças de diversos sindicatos denunciam que o SINTSEP cumpriu o papel de suposto ‘abalizador’ do Plano, como ‘representante’ dos trabalhadores. O governo bem que tentou, mas da forma açodada como quis fazer acabou ‘trocando os pés pelas mãos’ e agora, sem saída, ‘dá com os burros n’água’, e praticamente será obrigado a negociar com os trabalhadores.
Mesma opinião é defendida por outras categorias que alegam não terem participado em nenhum momento das discussões sobre o PGCSE, como os policiais, os servidores da Secretaria de Estado da Saúde, os motoristas oficiais do estado, os dentistas, os servidores do poder judiciário estadual, e outras.
É o jeito que o governo do estado tem de cuidar das pessoas na fase decadente da oligarquia.
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