15 de junho de 2012

Sindicato dos Metalúrgicos de São Luís consegue 'dobrar' a ALUMAR e garantir conquistas importantes



O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos conseguiu o que poucos conseguiram: dobrar mais uma vez a truculenta e soberba Direção local da ALUMAR para garantir com isso direitos importantes aos trabalhadores.

Os Metalúrgicos encerraram a Campanha Salarial 2012 com atraso de 03 meses em sua Data Base. Isso em função da resistência ‘burra’ dos ‘negociadores’ da ALUMAR, principal empresa dirigente do Sindicato da Indústria Metalúrgica do Maranhão. O ‘patronal’.



Foi uma campanha difícil, sobretudo por ter ocorrido em meio ao debate sobre a questão da suposta ‘crise’ do custo de energia no Brasil caracterizado pelo alto valor no custo final da produção. Aliás, tudo só pode ser resolvido por conta da negociação feita entre o governo Dilma e a empresa para a redução da carga tributária específica da energia utilizada pela empresa.



Normalmente as Campanhas Salariais, com data Base em Março, descambam para Dissídios estressantes entre patrões e empregados na justiça do trabalho, perdurando por meses.
O Acordo de 2012 foi fechado no início de Junho, garantindo ganhos importantes aos trabalhadores metalúrgicos, como o reajuste no piso e abono.

Um fato curioso marcou essa campanha. A ALUMAR, sem nenhum aviso, desde janeiro de 2012, resolveu solicitar o retorno ao trabalho no chão da fábrica do presidente do sindicato, na função de Operador de Redução Especializado, função que Zé Maria exerce a 26 anos.



Tal medida trouxe sérios prejuízos na organização dos trabalhadores. Zé Maria foi obrigado a imprimir novo ritmo de ação, distinto daquilo que até então já se vira no dia a dia da entidade. Operando diretamente no espaço da fábrica e tentando por diversas vezes o contato com os executivos da multinacional, Zé Maria não obteve resposta.





Este 'silêncio' da empresao levou a fazer a denúncia do abuso diretamente às autoridades superiores mundiais da empresa em evento na cidade de Pitsburg, no Estado da Pensilvânia, nos EUA. Lá estavam todos os acionistas mundiais da ALCOA.

O presidente do SINDMETAL aproveitou a oportunidade para apresentar a opinião dos metalúrgicos de São Luís sobre a unidade ALUMAR do Maranhão, sobretudo quanto ao tratamento dispensado pela direção local da empresa ao sindicato bem como o tratamento dado aos trabalhadores. Zé Maria reclamou de práticas anti - sindicais e das ‘maldades’ impostas pela empresa de maneira desnecessária aos trabalhadores.

A bronca foi feia, merecida e surtiu efeito.

Como resultado prático da ‘jornada épica’ de Zé Maria pela garantia dos interesses dos trabalhadores e do sindicato, é que ao retornar ao Brasil, trouxe consigo a certeza de que a guerra contra as maldades da ALUMAR teria novo capítulo nas relações entre empresa e trabalhadores.



O chefe da ALCOA Mundial, o Alemão Klaus Kleinfeld, deu um ‘sabão’ na Direção da multinacional aqui na América Latina, responsável pela unidade do Maranhão.

Klaus ordenou também que o Norte Americano Franklin Feder viesse a São Luís para conversar com o Sindicato e resolver a situação. Ele veio e foi pela primeira vez até a Sede do SINDMETAL em São Luís e negociar diretamente com a Diretoria.





O puxão de orelha do chefe exigiu também da direção local da ALUMAR mudança de postura, já sentida com o resultado final da Campanha Salarial 2012.

Após condução desastrosa por parte dos executivos da empresa, a campanha teria tudo para terminar como as anteriores: nas barras dos tribunais. No entanto foi fechado o acordo em tempo recorde em função dessa 'dura' que eles levaram do chefe alemão.





São 84 Cláusulas assinadas que tratam de temas econômicos e sociais, garantindo aos trabalhadores direitos importantes. De tanto falar e bater forte usando os meios de comunicação para falar com a socieddae e com os trabalhadores, o resultado foi positivo.

Na Cláusula 51, por exemplo, a AQLUMAR recua e assina a 'liberação imediata' do Presidente do SINDMETAL para retomar suas atividades plenas na sede da entidade com ônus para a própria empresa.

“É uma vitória dos trabalhadores metalúrgicos. Eu agradeço a cada um que se preocupou com a situação e ao mesmo tempo confiou numa saída vitoriosa do sindicato e dos trabalhadores.”, diz Zé Maria, que sempre se emociona quando toca no assunto.

O sindicalista reafirma também que agora vai “exercer com muito mais dignidade e autonomia sua missão como Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Luís.”

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