3 de junho de 2012

Poema de Fim de Tarde: 'Quixotescamente'

Quixotescamente

Cervantes
O cavaleiro que anda em nuvem de terra
Um mesmo Dom Quixote intimado à guerra


Quatrocentos anos que te encorajam
Em imagética de um mundo que gira retumbante
Riste e perfilado
De cima da sela do cavalo confidente
O amigo de empenhos redivivos
Retratada no vigor do Portinari intrigante
Mestre da prova e da contra prova
Armadura que protege o corpo e a razão
E a alma tua de artista


De poeta do tempo
Que voa com o vento
Que faz confundir
A lança e o braço
Temos tudo de Quixote
Evoé, sonhos e utopias da ciência de um povo
Aquela que gera a luz universal da história
Com a mesma pisada
A passos largos
Sempre

Marden Ramalho
24 de Abril de 2005

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