8 de agosto de 2012

Criatividade, experiência e conhecimento na defesa dos réus do 'mens' .. ops, da Ação Penal 470

São curiosas as defesas feitas pelos advogados dos Réus na Ação penal 470,
Como é sabido, dos 38 indiciados, apenas dois, Luís Gushiken e Antônio Lamas tiveram
pedidos de absolvição pelo PGR.

Mas no decorrer dos dias para quem assiste aos julgamentos pela TV Justiça (http://www.tvjustiça.gov.br/), fica diante de verdadeiros professores do Direito
brasileiro em aulas ministradas em defesas feitas com precisão e conhecimento da Lei e seus caminhos para a absolvição dos clientes. São advogados experientes, respeitadíssimos pelo largo saber jurídico, alguns até membros aposentados do
Ministério Público, membros das Seccionais da OAB de vários estados do Brasil, class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
professores renomados, enfim, todos, respeitados até mesmo pelos próprios Ministros do Supremo Tribuna Federal. Embora com momentos curiosos.

Mas vamos a algumas Defesas.

O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, defende a ex-vice-presidente de Suporte Operacional do Banco Rural, Ayanna Tenório Tôrres de Jesus, qualificou a acusação do
procurador-geral da República de “kafkiana”, referindo-se à obra literária “O Processo”, obra onde Franz Kafka narra o desespero de um réu que não sabe por que nem de que está sendo acusado.

O advogado de Geiza Dias dos Santos, da SMP&B, Paulo Sérgio Abreu e Silva, disse que sua cliente deveria ser absolvida por ser apenas uma “empregada subalterna da SMP&B, “sua função era ‘bater cheques’, era uma “funcionária ‘mequetrefe’., disse o
competente advogado, que finalizou dizendo: “Geiza apenas cumpriu ordens de Simone Vasconcelos e virou ré numa ação penal desse tipo, considerado o maior escândalo do país. É demais”.”

O advogado José Luís Mendes de Oliveira Lima faz a defesa de José Dirceu, acusado de ser o chefe da quadrilha pelo próprio Procurador Gurgel, disse: “O pedido de
condenação de José Dirceu com base nos autos é o mais atrevido e escandaloso ataque à Constituição Federal”. E pediu então a absolvição de seu cliente.

Já o Réu José Genoíno, à época Presidente do Partido dos Trabalhadores, foi defendido pelo advogado Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco, que destacou a vida e a história de Genoíno como um “homem de conduta, personalidade, vida, passado e trajetória política
absolutamente incompatível com prática de crimes”. E continuou dizendo o advogado: “Ele não é réu pelo o que ele fez ou deixou de fazer; ele é réu pelo que ele foi, porque foi presidente do PT. A denúncia não faz uma individualização de conduta, por isso redunda na responsabilidade objetiva”.

Por fim, destacria aqui brevemente a defesa do próprio Marcos Valério, defendido pelo brilhante advogado Marcelo Leonardo, confessa que teria ocorrido, “no máximo, caixa
dois”, nas campanhas eleitorais feitas por ele e suas empresas, particularmente, a SMP&B.

Bom. Vem mais criatividade por aí. Todo o julgamento deve ser concluído em Outubro ou Novembro próximos.

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