3 de maio de 2013

Reforço na greve da educação: Estudantes e entidades estudantis declaram apoio à greve dos Educadores no Maranhão

Confira na íntegra a nota das entidades, UNE, UBES, UESMA, AMES e Grêmio Estudantil "17 de Setembro"do CINTRA


NOTA DE APOIO A GREVE DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO MARANHÃO

Novamente presenciamos uma greve dos trabalhadores da educação no nosso estado. Considerando o grande descaso em que nos deparamos atualmente no ensino público no Maranhão, tivemos a consciência de mais uma vez apoiar nossos professores na luta pela aprovação do estatuto do educador, só assim, teremos de fato o inicio do processo de reestruturação do ensino público estadual.

Na oportunidade, citaremos aqui algumas questões que nunca mudaram desde a primeira greve até a atual. Ambas possuem um cenário muito parecido e que mais uma vez nos provoca a fazer um breve histórico e retrato da educação pública no estado.

No Maranhão temos uma realidade que é fruto de um governo que perdura por mais de 40 anos: a oligarquia Sarney, a qual é responsável pelos péssimos indicadores econômicos e sociais no Estado. Essa forma atrasada e oligárquica de tratar o público não é diferente na educação a qual resultou na sua própria falência.

Vale lembrar que são históricos os ataques da governadora Roseana Sarney aos trabalhadores e estudantes por meio de projetos fraudulentos (como o tele-ensino que substituiu os professores em sala de aula por televisões). Os professores e estudantes maranhenses durantes décadas estiveram sem o direito de acesso ao ensino médio. Com somente 54 (escolas de ensino médio) em 217 municípios, vivemos esta triste realidade fortalecida nos governos eleitos pelo grupo oligárquico com a sua representante maior passando pelo seu quarto mandato. Os dados divulgados nos últimos três anos ressaltam que a maioria das piores escolas do Brasil, segundo as notas do ENEM, está no Maranhão.

Entendemos que a greve é um legítimo instrumento de luta dos trabalhadores da educação com a sua pauta acertada em defesa dos direitos da categoria, principalmente pelas conquistas alcançadas através do estatuto do educador – o qual o governo se recusa a cumprir a integra o que acordado. Entendemos que a melhoria das condições de vida do trabalhador da educação resulta em fortalecimento da qualidade educacional.

A greve, também, chama a atenção da sociedade provocando um amplo debate sobre a qualidade do ensino público no estado. O sucateamento das escolas no Maranhão é visível, principalmente na infraestrutura das mesmas.

Estamos à mercê da precariedade do trabalho na educação através de várias formas. Os professores que não dão aulas em suas respectivas matérias, fato comum nas escolas que prejudica a qualidade do ensino. Os estudantes da rede pública, quando passam pelo funil do vestibular, encontram um retrato do sucateamento e precarização na estrutura e nas condições de trabalho dos professores e servidores da educação superior da rede estadual (UEMA).

Diante da greve dos educadores que ocorre no Maranhão, manifestamos o nosso apoio à classe nesta luta pela conquista e garantia dos direitos dos trabalhadores e pela educação de qualidade, e que, o mais rápido possível, o governo entre em acordo para que não prejudique mais de 400 mil estudantes.

Convocamos os estudantes, os pais e a sociedade maranhense em geral para uma ampla jornada em defesa da educação.

UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES - UNE

UNIÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS - UBES

UNIÃO DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS DO MARANHÃO – UESMA

ASSOCIAÇÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS- AMES

GRÊMIO ESTUDANTIL “17 DE SETEMBRO” CINTRA

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