22 de janeiro de 2013

Prefeito Edivaldo manda Roseana e Ricardo Murad repensarem modelo de gestão da Saúde no estado após negarem parceria logística com São Luís

Sem dúvida alguma pegou muito mal a tentativa do Secretário de Saúde do Estado e mesmo para a própria Governadora em tentar se apossar do Hospital Clementino Moura (Socorrão 2), sob a responsabilidade de São Luís, com a farsa da ‘parceria’. Não deu.
Há muitos anos o Maranhão não sabe o que é capacidade de gerenciamento da máquina pública que atenda aos verdadeiros interesses da sociedade e esteja intimamente ligada aos interesses mais populares e democráticos.

O que se vê no estado é a constituição de grupos oligárquicos patrimonialistas que se constituíram partir do uso da máquina pública em benefício próprio, acumulando patrimônio e poder por anos e anos. Coincidência ou não, ambos, Secretário de Saúde e Governadora, pertencem ao mesmo núcleo oligárquico de poder que controla a máquina do estado há pelo menos 46 anos.

O prefeito Edivaldo e sua equipe não deram apenas uma resposta à Governadora do Estado. O que fizeram foi dar lição no governo do estado sobre como deve ser conduzida a administração pública num estado Republicano.

Está clara a resposta do Prefeito Edivaldo após detectar problemas na proposta do Governo do Estado: “A intenção da Secretaria de Estado da Saúde de assumir a gestão do Hospital Municipal Clementino Moura (Socorrão 2) e dos recursos a ele destinados não pode ser aceita e deve ser repensada pelo gestor estadual, pois abriria perigoso e inaceitável precedente totalmente à margem do contexto e dos princípios organizativos do SUS.”., disse Edivaldo à Sua Excelência Governadora Roseana Sarney Murad.

Ao checar a proposta do Estado não se vê apenas erros técnicos, mas também possíveis ilegalidades que afrontariam, por exemplo, de acordo com a resposta da prefeitura, “o princípio de descentralização político-administrativa do SUS.”, entre outras.

Na verdade, com base na resposta que deu o Prefeito Edivaldo não é a Prefeitura que está rejeitando a parceria com o estado, mas o estado é que nega a parceria a partir da proposta inicialmente feita pela própria prefeitura. O que aconteceu é que o estado recebeu a proposta de Edivaldo e em seguida apresentou uma contraproposta que, de acordo com alguns advogados consultados pelo Blog e opiniões de juristas, está repleta de erros e eivada de ilegalidades.

Diante do quadro, a decisão do prefeito não poderia ter sido outra, pois se tornou evidente que o estado propõe algo que estarreceria a todos e colocaria a prefeitura em situação difícil.

Ademais, o próprio Governo do Maranhão vê-se envolto, entre tantas outras dívidas com o povo do Estado, em uma com caráter inominável: os incríveis 72 Hospitais. Até o momento o governo não conseguiu entregar sequer 10% do prometido.

A situação é responsável pelo agravamento do quadro de atendimento de urgência e emergência na capital. Hospitais que eram para ser entregues ainda em 2010, mas a governadora não entregou e agora deterioram os serviços médicos nas unidades.

Recentemente, não sei se empolgada com os recursos do empréstimo contraído junto ao BNDES, deu declarações de que em 2013 entregaria todos.

A declaração do Secretário Ricardo Murad de que “Se fosse pela política, eu não faria. Porque era melhor deixar a desgraça”, mostra o verdadeiro sentimento de mesquinharia do Palácio dos Leões com o povo de São Luís e particularmente com o prefeito Edivaldo e sua equipe de governo instalada ali no La Ravardiere.

Será o medo de 2014?

Um comentário:

Unknown disse...

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abraços,

Evan de Andrade
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