28 de abril de 2013

Entrevista - Walter Sorrentino, Secretário Nacional de Organização do PCdoB: "O Flávio representa a maior prioridade para o PCdoB nacional. A eleição do Maranhão empenha todas as energias do partido, todo o prestígio e a força política do PCdoB nas negociações com as forças aliadas."

Walter Sorrentino, secretário nacional de Organização do PCdoB, tem confiança na união de forças nacionais para apoiar a candidatura de Flávio Dino (PCdoB) em 2014. “O Brasil inteiro, as forças democráticas e progressistas torcem por ele,” afirmou. Em entrevista ao Portal Vermelho, Sorrentino confirmou que a candidatura de Flávio Dino é prioridade para o partido e falou de articulações nacionais para agregar ainda mais partidos em torno do projeto de mudança no Maranhão.

Sorrentino veio esta sexta (26) a São Luís para finalizar uma série de reuniões ocorridas por todo o Brasil para organização de estratégias para as eleições de 2014. No Maranhão, discutiu com lideranças locais e também dos estados do Pará e Amapá as estratégias de atuação do PCdoB no período que antecede as disputas nacionais em 2014.

Confira abaixo a entrevista completa concedida ao Portal Vermelho:

Como o PCdoB nacional encara o crescimento da sigla no Maranhão?

O Maranhão é o PCdoB que mais cresce no Brasil e é uma perspectiva importantíssima para o povo daqui encerrar essa fase oligárquica da política do Maranhão, que condenou o estado a um atraso muito grande e também as condições do seu povo. E é uma alegria muito grande para o partido encabeçar essa perspectiva com o nome de Flávio Dino, uma liderança que tem expressão nacional. O Brasil inteiro torce por ele: As forças democráticas, progressistas do país. Então é natural que o partido esteja crescendo muito porque representa a esperança para o povo. Isso é uma felicidade pro partido, por estar nesse papel, por ajudar o povo do Maranhão a superar esses anos de estagnação econômica e social.

Quais são os projetos do partido nacional para o Maranhão?

O Flávio representa a maior prioridade para o PCdoB nacional. A eleição do Maranhão empenha todas as energias do partido, todo o prestígio e a força política do PCdoB nas negociações com as forças aliadas, a começar do governo Dilma e as forças que podem se aliar a nós.

É um projeto encabeçado pelo Flávio aqui no Maranhão, mas que tem todo o empenho da direção nacional. Nos reunimos esta semana com o Flávio e a direção estadual do PCdoB e asseguramos esse interesse total e força total do PCdoB nacional nesse projeto.
É uma condição que precisa fortalecer junto às forças aliadas com o PCdoB, porque no nosso modo de ver, governar é partilhar responsabilidades e benesses, no sentido de todas essas forças se fortalecerem. Esse é o nosso jeito de fazer alianças e é isso que vamos colocar para as nossas forças aliadas.

Naturalmente buscamos o fortalecimento também por outras vias, com a eleição de deputados estaduais e deputados federais, que vão ajudar o partido a se fortalecer nacionalmente.
A nossa constatação é de que o país precisa, não só o Maranhão, mas que o país inteiro precisa de uma nova arrancada pelo desenvolvimento e isso exige que se superem alguns nós da economia e se mantenha uma ampla base de sustentação ao governo para a reeleição da Dilma, mas com um núcleo de esquerda. É preciso que as forças de esquerda se fortaleçam. Esse é o projeto do PCdoB e é isso que nós esperamos também no Maranhão.

Essas negociações nacionais já estão em andamento?

Nós precisamos atrair o maior número de forças para a renovação do Maranhão, os diálogos para o desenvolvimento do Maranhão. É um projeto das forças anti-oligárquicas para alinhar o Maranhão com o que acontece no Brasil depois da presidência de Lula e Dilma. Neste fim de semana, se ultima uma série de reuniões com os 27 estados do Brasil em que estamos fazendo um mapeamento do nosso projeto eleitoral para 2014 e também preparando o 13º Congresso.

Com esse mapeamento, nós pretendemos sentar com as forças aliadas da base de sustentação de Dilma e apresentar as nossas considerações, esperar o apoio, apoiarmos outras forças em outros estados. Então, sim, esse processo já começou. Isso já foi conversado com o PT e com a própria presidenta Dilma e as negociações estão em curso. Esse é um grande pleito do PCdoB nacional, que a gente possa unir essas forças aqui no Maranhão com o concurso da base de sustentação.

E qual a avaliação sobre o andamento das negociações até o momento?

Há muita compreensão de que Flávio hoje é uma liderança nacional. Não só do PCdoB, mas no Congresso, apesar dele não ser mais deputado federal; no governo, onde ele ocupa a presidência da Embratur. O Flávio Dino é falado no Brasil todo, é uma liderança que extrapolou o Maranhão e o que você mais ouve das forças aliadas é que a hora é de Flávio Dino.

Há uma percepção de que a chance de vitória dele é muito grande e a perspectiva dele ser o próximo governador é muito grande. Isso cria a expectativa dessas forças estarem unidas. A sensação que a gente tem é que a maior parte dessas forças não quer estar separada deste momento, que é uma mudança de era. As próprias lideranças do governo e do PT reconhecem isso. Mas é um jogo político que está em curso e cuja resultante não se pode antecipar.

Caso o PSB tenha candidato próprio à presidência com o Eduardo Campos e Dilma Rousseff concorra à reeleição, como ficaria o palanque do PCdoB no Maranhão?

O PSB é uma grande força nacionalmente e no Maranhão, é um partido prestigiado, cresceu muito nas eleições e tem uma liderança muito experimentada, que é o Eduardo Campos, que partilhou conosco esses momentos todos de um novo Brasil com os governos Lula e Dilma. É natural e legítimo que os partidos aspirem uma candidatura presidencial.

Nós acreditamos que o problema no Maranhão adquira uma certa especificidade, pois põe em questão uma mudança de era contra a oligarquia e isso alia o Brasil ao Maranhão. Acredito que, se for confirmada a candidatura do Eduardo Campos, que ainda não é confirmada, as forças saberão se entender no sentido de colocar a unidade para o Maranhão.

Mesmo que haja vários palanques nacionais, de apoio a Dilma, de apoio ao Eduardo, a unidade em torno do Maranhão continuará, porque é o estado em que restou mais retardado na renovação que aconteceu em todo o Brasil. Portanto, não vejo problema nisso. É uma questão que as forças saberão compor uma engenharia política que resguarde os interesses da unidade do Maranhão em torno de Flávio Dino e as diferenças em torno de, eventualmente, candidaturas diferentes a presidente.

Fonte: Entrevista concedida à Jornalista Priscila Lobregatte do Portal Vermelho ( www.vermelho.org.br )
com Redação: Vermelho / Maranhão

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