23 de abril de 2013

Liderados pelo SINPROESEMMA, Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação iniciam Greve Geral na Rede Estadual de Educação com grande Ato na Assembleia Legislativa

Os Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado deram uma resposta à altura ao governo hoje no primeiro dia de Greve Geral da Educação.

Professores e Professoras, Funcionários da Educação, especialistas e estudantes lotaram as dependências da Assembleia Legislativa para manifestar sua indignação diante do desrespeito com que o Governo do Estado vem tratando os trabalhadores da área.

“Os trabalhadores vieram à Casa do Povo buscar o apoio dos Parlamentares já que aqui passará o texto a ser aprovado. Os trabalhadores da Rede Estadual do Maranhão entram em greve hoje pela Aprovação do Estatuto do Educador”, disse Júlio Pinheiro aos presentes.

Segundo o presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro, a greve foi deflagrada porque o governo do estado modificou pontos importantes do Estatuto do Educador, debatido entre 2011 e 2012. “O governo rasgou de foram unilateral o texto negociado durante dois anos e retirou conquistas históricas da categoria”, enfatiza o sindicalista.
Na alteração do texto, foram retirados direitos como a garantia das progressões automáticas, gratificação de risco de morte, gratificação de difícil acesso, redução da carga horária por tempo de serviço e da Gratificação de Atividade do Magistério (GAM) aos aposentados.

O Deputado Bira do Pindaré questionou aqueles que se colocam contrários à greve: “É muito fácil se colocar contrário à greve. Agora, o que é difícil é estar no lugar de milhares de profissionais vendo seus direitos usurpados.”.

Gardênia Gonçalves enfatizou a transparência do SINPROESEMMA na condução das negociações: “Acredito que o Governo tem que ter sensibilidade para junto com o SINPROESEMMA chegar a um termo. Se não for o Estatuto dos sonhos, mas que seja o Estatuto real.”.

A luta dos trabalhadores já começou vitoriosa, pois o governo sabe que brigar com a categoria dos profissionais da educação é quase um tiro no pé. Cézar Pires, líder do governo, disse: “Ninguém quer briga com professor.”.

Pois é, mas não foi isso que foram fazer os Deputados Roberto Costa, Magno Bacelar e Francisca Primo, também da base do governo. Todos bateram boca com os professores e foram obrigados a sair de fininho da Mesa.

Bastante aplaudido, o Deputado Rubens Júnior lembrou que “O Governo ao descumprir o acordo firmado com a categoria em 2011 de enviar o texto para a Assembleia em até 60 dias, desencadeou eventos que levaram à greve. Hoje já são mais de 600 dias de atraso da proposta.”.

Rubens lembrou também que “foi montada uma mesa de negociação desde 2011 e esta mesa passou dois anos negociando e chegou-se a um texto pronto para ser aprovado. Qual é o problema: na hora certa o governo apresentou outro texto modificando o que foi estabelecido na negociação.”.

Rubens concluiu dizendo que “A greve é um direito legítimo e que, em último caso, tem que ser exercido. Faço um apelo ao governo para que esse prazo agora seja cumprido e a greve possa ser encerrada o quanto antes.”.

Amanhã pela manhã lançamemnto da "Campanha Educação Pública, eu apoio", a partir das 09, no Auditório da Associação Comercial do Maranhão, no Centro de São Luís.

Veja o que querem os trabalhadores:

• Estatuto do Educador Negociado e Consensuado, incluindo professores, especialistas e funcionários de escola;
• Imediata efetivação de 25 mil progressões, 1.500 promoções e 1.500 titulações;
• Eleição direta para diretor de escola;
• Correção do Piso Salarial aplicado linearmente na Nova Tabela Salarial;
• Ampliação do Pro Funcionário;
• Gratificação de 30% para quem concluiu o Pro Funcionário;
• Cumprimento integral da jornada extraclasse de 1/3;
• Nomeação dos excedentes do concurso de 2009;
• Realização de concurso público amplo com vagas suficientes para contemplar a necessidade de professores, especialistas e funcionários de escola;
• Equiparação salarial entre efetivos e contratados;
• Melhores condições de trabalho.

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